28 de março de 2024
ABZ LAB

Festival rec.tyty tem edição vitural conecta em torno do fortalecimento da arte e cultura indígena

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POR AUGUSTO BEZERRIL

@augustobezerril

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Impulsionando o pulsar do coletivo, costurado a partir do encontro de artistas visuais, fotógrafos, cineastas, músicos, pensadores e oficineiros, a mostra propõe um importante e significativo recorte da arte indígena produzida hoje em todo o território nacional. O festival rec.tyty, idealizado pelo Instituto Maracá, com direção artística assinada por Anna Dantes, idealizadora da Dantes Editora e do Selvagem Ciclo de Estudos sobre a Vida, propõe uma mostra multilinguagens que abre espaço para que indígenas possam narrar e representar a própria história, mantendo vivas as heranças e tradições culturais. Além das obras visuais, sonoras, cinematográficas e fotográficas, os visitantes terão a oportunidade de se aprofundar um pouco mais na cultura indígena, em suas tradições e contemporaneidades, por meio de um ciclo de conversas, como também conhecer a primeira etapa do projeto Nheery,  que por meio de oficinas artísticas, vem promovendo a recriação de mapas da cidade e do litoral de São Paulo, a partir da perspectiva e da língua do povo Mbya-Guarani. O público terá ainda a chance de participar de encontros virtuais com convidados de quatro povos diferentes, que incluem conversas e demonstrações de cantos, danças, pinturas corporais, rituais e trajes que compõem sua identidade e expressão. Com curadoria de Ailton Krenak, Cristine Takuá, Carlos Papá, Naine Terena e Sandra Benites, referências na produção cultural indígena,  a mostra destaca as manifestações dessas populações e o impacto de suas origens nas artes visuais, fotografia, cinema, musica e pensamento. O festival acontece de 17 a 25 de abril nas redes sociais. Confira no www.rectyty.com.br 

 CONECTE, RECORDE 

Segundo os organizadores, a realização de um festival virtual representa a oportunidade de seguir com o fortalecimento da arte e da cultura indígena, nos circuitos artísticos e de produção de conhecimento, como medida de enfrentamento prático ao isolamento físico que tanto afeta nossas dinâmicas afetivas e sociais. O nome do festival, rec•tyty, foi criado pelo cineasta indígena Carlos Papá Guarani, através da junção da sigla ‘rec’ – que pode tanto ser o ‘record’ das máquinas de imagens, como também ‘recordar’, no sentido da memória -, e a palavra guarani ‘tyty’, que aos nossos ouvidos soa como tâ-tâ, que carrega uma rede de significados, tanto na “poesia concreta” que dá nome ao batimento cardíaco, quanto numa  “metáfora” para a emoção, o calor humano, a pulsação dos afetos, a vida em seu movimento. A Galeria virtual permanece aberta até o dia 30 de Maio. Segue as mídias sociais do evento #abzconecta 

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