TECNOLOGIAS: Governo e indústria automotiva criam “fundo” de R$ 1 bilhão para desenvolvê-las aqui
21 21Etc/GMT+3 setembro 21Etc/GMT+3 2019 por fernandosiqueira[ROTA 2030] Quantia, que era empregada no pagamento de impostos de autopeças importadas, a partir de agora, será investida em 6 empresas. Objetivo: melhorar competitividade da indústria automotiva nacional
Indústria automotiva brasileira vai reunir melhores condições de investir em seus processos. FOTO: divulgação
Governo Federal e entidades privadas da indústria automotiva brasileira anunciaram ontem, dia 20 de setembro, a criação de um programa de investimento para fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias e aumentar a competitividade da indústria do País.
O principal objetivo é recolher, nos próximos 5 anos, R$ 1 bilhão. Valor será repassado para 6 entidades, que ficarão responsáveis por desenvolver as tecnologias a serem usadas pela própria indústria, na produção de veículos e componentes mais modernos.
Essa medida visa a atender parâmetros mais ESPECÍFICOS de emissões, segurança e eficiência energética, previstos no regime automotivo vigente no Brasil, o “ROTA 2030”.
A quantia é proveniente da redução de impostos de autopeças importadas (sem similar de produção nacional). Em vez de pagar uma alíquota de 2%, a taxa foi zerada.
Em contrapartida, as empresas terão que investir o valor equivalente em um fundo, gerido por um comitê formado pelas entidades do setor, academia e sindicatos. Desde janeiro do ano em curso, o governo federal afirma que o caixa supera os R$ 100.000.000,00. Por ano, a estimativa é arrecadar R$ 200.000.000,00.
“Existe uma lista de peças com imposto zerado, então, quando chega ao porto, fica livre de tributação. No mês seguinte, a empresa deve fazer o depósito no fundo”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
As empresas selecionadas para utilizar os recursos e investir em tecnologias são: BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); SENAI (Serviço Nacional da Indústria); EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial); FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e FUNDEPE (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa de Minas Gerais).
Confira, abaixo, os programas que serão abraçados por cada empresa
- Alavancagem de alianças para o setor automotivo: Senai
- Financiamentos de inovação e pesquisa: Finep
- Ferramentarias brasileiras mais competitivas: Fundep
- Propulsão, Biocombustíveis e Segurança veicular: Fundep
- Programa P&D para Mobilidade e Logística: Embrapii
- P&D e Engenharia para a Cadeia Produtiva do Setor Automotivo: BNDES
Dentro dessas áreas, ainda não há uma definição dos projetos específicos que cada uma delas irá desenvolver. “O comitê gestor do fundo irá decidir onde o dinheiro será investido. Mas será em tecnologias para alcançar as metas do Rota 2030”, afirmou Luiz Carlos.
Vale salientar, que as próprias credenciadas nos programas poderão ter apoio de startups e outras empresas.
Segundo o Governo Federal e a Anfavea, o objetivo é, nos próximos anos, haver “opção de produção local” para tecnologias que hoje são importadas. Além disso, devem ser aprimoradas as áreas de logística e manufatura.