19 de abril de 2024
Turismo

Os prejuízos do turismo religioso com a pandemia

Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré
Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré

Em 2019, eventos como o “Círio de Nazaré” (foto) e “Festa da Padroeira”, celebrados no Pará e no interior de São Paulo, respectivamente, contaram com um público que movimentou significativamente o Turismo Religioso, segmento do mercado que conta com o deslocamento das pessoas para outras localidades por motivações de fé.

Enquanto a festa paraense contabilizou US$ 32 milhões, o encontro em Aparecida, no interior paulista, teve a presença de mais de 170 mil pessoas – entre turistas e excursionistas. Essa modalidade turística chama atenção devido ao seu potencial econômico. Entretanto, com a chegada da pandemia, há cerca de um ano, o setor sofreu um forte impacto.

As medidas de isolamento social adotadas em diversas cidades brasileiras mudaram completamente o roteiro das viagens ao longo do ano, o que gerou um déficit expressivo para a cadeia produtiva do turismo brasileiro. Além da ausência de circulação de pessoas, as igrejas, santuários, basílicas e outros espaços similares tiveram que fechar as suas portas por um longo período para minimizar a transmissão da Covid-19.

“Na próxima quinta-feira (21) será celebrado o Dia Mundial da Religião. Essa data é muito importante, pois milhões de turistas se mobilizam para conhecer mais de 200 destinos nacionais focados em diferentes tipos de religião. Vale destacar que a maioria dos locais passou por mudanças em seus protocolos de segurança, adotando medidas preventivas mais criteriosas”, comenta Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).

De acordo com o Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, anualmente são feitas 17,7 milhões de viagens domésticas movidas pela fé. Além disso, apenas em 2017, a religião movimentou R$ 15 bilhões no país e atraiu em torno de 30 mil peregrinos estrangeiros.