25 de abril de 2024
Turismo

Turismo cultural é tema de artigo de Eliezer Andrade, diretor da M Som. Confira

A importância do Turismo Cultural

Turismo cultural é aquele que promove regiões específicas tais como bairros, distritos, cidades, etc. com potencial histórico e rico de elementos da cultura local e da produção intelectual e artística, geralmente lugares históricos ou com monumentos arquitetônicos e obras de grande representatividade da identidade do povo.

Apesar de toda viagem turística ser uma experiência cultural, nem todo turista é um turista cultural no exato sentido do termo. Ao sair de seu ambiente, o turista entra em contato com novos sabores da culinária local, com as músicas mais pedidas nas estações de rádio, com a forma dos habitantes de receberem seus visitantes, com a diversidade, etc. O que define o Turismo Cultural propriamente dito é a motivação da viagem em torno de temas da cultura e novas experiências sociais e singulares com pessoas e símbolos regionais.

Este tipo de turismo vem crescendo com intensidade no mundo todo. Além de entretenimento, os roteiros turísticos culturais agregam conhecimento e proporcionam experiência única, na medida em que é possível interagir com novos costumes, fatos históricos e locais marcados por grandes acontecimentos exclusivos. As pessoas cada vez mais buscam experiências singulares, algo que só pode ser encontrado em determinando local.

A pressão social para que locais culturais, principalmente históricos, sejam restaurados e preservados tem contribuído muito para este crescimento. Atualmente há grande valorização da identidade cultural de um povo e de sua riqueza intelectual e artística – seu patrimônio cultural. A consciência universal de que a cultura de um povo não pode e não deve fechar em si mesma, mas estar aberta à contribuição de outros povos e raízes é fundamental à vivencia de um mundo globalizado. A interação dos povos nas dinâmicas culturais enriquece e qualifica o indivíduo socialmente num mundo irreversivelmente globalizado com tendência à humanização e socialização dos valores e costumes.

As principais atrações turísticas culturais de um local normalmente são construções históricas, palácios, fortes, igrejas, casas, museus, locais em que ocorreram fatos históricos importantes, sítios arqueológicos, galerias de arte, etc. Itens como pintura, escultura, teatro, dança, música, gastronomia, artesanato, religião, literatura, arquitetura, história, festas, folclore, entre outros, formam uma combinação, um caldo cultural que permite a vivência de uma rica experiência da diversidade e multiplicidade das experiências humanas.

Os turistas buscam roteiros turísticos que se adaptem às suas necessidades, desejos e preferências. Um segmento que atrai demanda crescente e com tendência de consumo importante para a economia das cidades, como é o caso de Natal e do RN. Na medida em que são bem estruturados e bem trabalhados, se tornam importantes polos indutores do turismo, trazendo melhorias e desenvolvimento para a região.

O RN possuiu patrimônio cultural diversificado e plural que representa para o turismo oportunidade de estruturação, melhoria na infraestrutura e equipamentos além do incremento de novos produtos, possibilitando promover e preservar a cultura, o bem estar da população, inclusão com participação de todas as classes sociais.

A relação entre a cultura e a atividade turística não pode ocorrer sem a necessária compreensão das formas de caracterização e estruturação pertinentes ao segmento. Não se trata de vender algo interessante apenas, mas um produto que tenha a marca da identidade do povo, conteúdo cultural legitimo, proposta artística e cultural bem estruturada e autêntica em sua produção e origem.

Em uma caracterização mais ampla do Turismo Cultural, incorporando conceitos dos tipos de turismo que vêm ganhando destaque no processo de segmentação do turismo no País, temos como exemplo mais recente o Turismo Cinematográfico, o Turismo Ferroviário, Arquitetônico, o Turismo Gastronômico, o Enoturismo, o Ecoturismo e o Turismo Arqueológico.

Quanto ao perfil particular, além do turista cultural há aqueles com interesse ocasional, primariamente motivados por outras iniciativas, mas aproveitando a estadia acabam incorporando o tour cultural como opção de lazer secundária. Esses acabam visitando algum atrativo, embora não tenham se deslocado para tal fim e, apesar de não se configurarem como público principal do que conceituamos como Turista Cultural, são também importantes para o destino, devendo ser considerados para fins de estruturação e promoção do produto turístico. Tal diferenciação é importante para adequar produtos, roteiros específicos acessíveis e abordagem a cada tipo de iniciativa.

Segundo dados de pesquisa apresentada pelo Ministério do Turismo (2010), o perfil do turista cultural idealizado nas caracterizações do segmento se apresenta como segue:

• Alto índice de escolaridade;

• Utilizam principalmente os meios de hospedagem convencional;

• Viajam acompanhados (amigos, família, casal);

• A cultura é o principal fator de motivação da viagem;

• Reconhecem-se como turistas culturais, com hábitos de consumo próprios do segmento. Além de alto poder aquisitivo e predisposto a investir em produtos de qualidade que lhe atendam as expectativas.

O Turismo Cultural não depende tanto das condições climáticas, como o Turismo de Sol e Praia ou outros segmentos cujas atividades são realizadas integralmente ao ar livre. Por isso, as viagens desse segmento podem acontecer ao longo de todo ano, sem grandes variações no fluxo de visitantes, sendo uma alternativa para a redução da sazonalidade nos destinos. As atividades culturais ainda funcionam muito bem na composição da oferta turística e como estratégia para ampliar o fluxo turístico nos períodos de baixa, com consequente aumento da taxa de ocupação dos equipamentos e em extensão a permanência na cidade.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) é a instituição que estabelece as convenções internacionais quanto à definição e proteção do patrimônio cultural. No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), criado em 1937, é a autarquia vinculada ao Ministério da Cultura que tem a missão de preservar o patrimônio cultural do país. O patrimônio material é protegido por instrumento legal chamado tombamento, enquanto o patrimônio imaterial é por registro.

Fica evidente, por constatação, o imenso valor que pode ser agregado pelo fomento desta atividade tão densa, de interesse universal e exponencialmente enriquecedora para a economia local. É um legado cultural que se eterniza na memória e no intercâmbio das relações humanas.

(*) Eliezer Zulianeli Andrade (diretor da M Som)

0 thoughts on “Turismo cultural é tema de artigo de Eliezer Andrade, diretor da M Som. Confira

  • Nao entendo sua revolta mas precisamos dela p abrir olhos da populacao maaass…. Akela reportagem apenas falando mau de natal e do rn nao foi bem aceita ne????!!! Olha so http://jornaldehoje.com.br/translado-de-torcedores-mexicanos-podera-ser-feito-por-embarcacoes-de-menor-porte/ … Sei q vc ja tinha comentado esta possibilidade e falou q era um MICO … Nao! nao eh mico ! p q fazer uma mega ponte??? P receber UM unico navio em uma copa do mundo q ninguem imaginava q ia ser em natal! A MAERSK hj nao produz navios gigantes pois nao passam no canal de Suez e nem no panama!! Eh mico suez e panama???? Nao

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *