20 de abril de 2024
Diversos

Audiência debate dificuldades de pessoas com fissura labiopalatina

A falta de informações sobre as pessoas que nascem com fissura labiopalatina é a principal dificuldade para que se consiga avançar no atendimento a estas pessoas em Natal e no Rio Grande do Norte. O assunto foi debatido hoje (11) durante uma audiência pública proposta pelo vereador Aldo Clemente (PMB) na Câmara Municipal. Durante a audiência, pais, profissionais de diversas áreas necessárias para atender esses pacientes, além de representantes do Ministério Público e Secretaria de Saúde, enriqueceram as discussões.

A fissura palatina ocorre quando há uma abertura direta entre o palato, ou céu da boca, e a base do nariz. Trata-se de um problema mais grave que a fissura labial, embora ambos requeiram cirurgia corretiva e tratamento multiprofissional. O problema é que poucos sabem como proceder quando se deparam com a situação e a importância do correto tratamento. A divulgação geralmente é feita por entidades que apoiam a causa, como a APAFIS/RN (Associação de Pais e Amigos dos Fissurados do Rio Grande do Norte). “Sentimos carência de divulgação nos meios de comunicação sobre o que é, as necessidades, o tratamento, as dificuldades. Nós temos conseguido levar informações sobre isso mostrando que a reabilitação é possível. O que conseguimos é através de nossos parceiros”, conta Edivan Silva, presidente da associação.

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde são do período de 2000 a 2005 e apontam que entre as 318.667 pessoas que nasceram nestes anos, 155 possuem a má formação labioplatina.

“É importante debater o assunto para torná-lo mais conhecido e buscar soluções que atendam a esse público. Não é fácil. Falta de tudo, inclusive informações. Não existe banco de dados mapeando essa demanda. Aqui na Câmara temos três projetos voltados para o assunto. Um obriga o Município a registrar todas as crianças recém-nascidas com o problema. Outro cria a semana de conscientização sobre fissura labiopalatina. E tem outro que reconhece a APAFIS como utilidade pública”, ressaltou o vereador Aldo Clemente.

Foto: Elpídeo Júnior
Foto: Elpídeo Júnior