Garibaldi sugere mobilização para tratar crise no setor de diálise
Apesar de, nos últimos 15 anos, ter sido registrado um crescimento de 300% no número de pacientes participantes de programas de diálise, durante o mesmo período houve um aumento de apenas 34% das clínicas que oferecem o serviço. Além disso, do ano 2000 para cá, 76 clínicas de diálise fecharam suas portas ou pediram descredenciamento do Sistema Único de Saúde. Ao registrar estes números, o senador Garibaldi Filho sugeriu uma mobilização para reverter o quadro atual.
“Há um ditado que diz que uma imagem vale por mil palavras. Eu diria que estes números valem por muitos discursos”, declarou o senador Garibaldi Filho. O pronunciamento foi realizado no Plenário do Senado, em sessão especial destinada a comemorar o Dia Mundial do Rim.
Entre os convidados, estiveram presentes a presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Carmen Tzanno Branco Martins, o presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante, Hélio Vida Cassi e o presidente da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil, Renato Padilha.
Na avaliação do senador Garibaldi Filho, a crise no setor de hemodiálise deve ser encarada com a mesma responsabilidade com a qual o país está tratando as crises ética, política e econômica. “Hoje, quando se fala em saúde pública, tudo é grave, tudo é urgente”, observou. Para ele, a população precisa recuperar sua capacidade de indignação e passar a exigir solução para os seus problemas mais graves.