18 de abril de 2024
Estado

Hospital Walfredo Gurgel permanece com corpo de paciente africano há quase dois meses

Uma situação inconveniente vem causando sérios transtornos as equipes do Setor de Serviço Social do Hospital Monsenhor Walfredo (HMWG). Um paciente de descendência africana, até o momento identificado como, Cristoff George Reginaldo Ascais, admitido em agosto passado e falecido 16 dias após sua entrada, continua sob a guarda do hospital, sem que nenhum familiar ou amigo tenha comparecido ao setor para solicitar a Declaração de Óbito que viabilizará a transferência do corpo para a África e, por fim, o sepultamento.

Para tentar resolver o problema, o Serviço Social entrou em contato com a embaixada africana, ainda em agosto, para que a família do paciente pudesse ser avisada do ocorrido. No entanto, até esta data, nada foi solucionado e o corpo do africano permanece há quase dois meses sob a responsabilidade do Walfredo Gurgel.

Segundo a chefe do Serviço Social, Sandra Moura, “o consulado africano se limitou a nos dizer que a Polícia Federal havia sido inteirada da situação e que estava cuidando do caso”, contou. Sandra ainda explica que: quando um paciente vem a óbito e está no hospital sem documentos, sem familiares ou amigos e não há nenhuma pista de como descobrir sua identidade, ele é classificado como não identificado.

A diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, diz que esta não é a primeira vez que o hospital enfrente este tipo de problema. “Recentemente tivemos outro caso semelhante com uma paciente francesa. Os órgãos competentes precisam agilizar as medidas cabíveis para equacionar estes casos mais rapidamente”, afirmou a diretora.