23 de abril de 2024
Política

José Dias já deixa a entender que votará pelo aumento de impostos proposto por Robinson

O deputado José Dias (PSD) manifestou, na tarde desta quinta-feira (8), em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa, a preocupação dele em relação à situação econômica do Estado, em consequência do momento que passa o País.

“A situação é grave. Está agudizada. Enquanto a presidente que aí está estiver no poder, essa situação caminha para o fundo do poço. O ajuste fiscal é um remédio amargo, mas não aprovar o pacote pode gerar um problema mais grave”, disse o deputado.

Segundo José Dias, o Estado não tem dinheiro para pagar os seus compromissos e na elaboração do orçamento já se vislumbrava, mesmo antes da instalação da crise, um déficit de aproximadamente R$ 1 bilhão. Para ele, o Estado está pagando as suas contas porque foram unificados os Fundos de Previdência e o Governo já utilizou quase R$ 600 milhões.

“Além de ter sacado essa quantia do fundo, o Governo já cortou despesas e reduziu transferências para outros poderes e vai ter que reduzir mais. Na mensagem do orçamento tem um quadro da situação da execução orçamentária em 2015, até agosto. Há uma redução de 6% na receita e um acréscimo de 16% nas despesas com pessoal. É indiscutível que temos que ter remédios bem difíceis e amargos, que não vão chegar a um quarto das necessidades”, afirmou o parlamentar.

Para o deputado, o ajuste fiscal vai tirar da população que já está sacrificada, mas ficar nessa situação, a tendência é o a agravamento da crise, com repercussões negativas para a economia do Rio Grande do Norte.

“Estamos no dilema. Não aprovar o aumento da carga tributária é dá uma contribuição para o aprofundamento mais rápido da economia. Como o Estado depende dos serviços públicos, deixar de pagar o servidor vai gerar um efeito imediato e negativo para o comércio. A consequência mais grave é que o funcionalismo não pago vai para a greve. Estou me considerando um refém pela realidade”, concluiu José Dias.