25 de abril de 2024
Política

Ney Lopes lembra que em 1999 trouxe embaixador da China ao RN na tentativa de implantar zona comercial

O ex-deputado federal Ney Lopes, avaliou a viagem do governador Robinson Faria à China, destacando como um ponto positivo o fato de ele ter se declarado entusiasmado com a experiência das zonas econômicas especiais, inicialmente denominadas ZPEs (produziam apenas um produto) e depois, com a chegada da globalização, transformadas em áreas de livre comércio (estímulo à concorrência com a produção e exportação diversificada de comodities).

Ney Lopes explica que as áreas de livre comércio se propagaram nos “tigres asiáticos”, Estados Unidos, Ásia e América Latina (Perú, México e Chile), gerando empregos em massa, aumento de renda e de parcerias empresariais.

DEFESA DAS EMPRESAS DO RN

Ney Lopes preocupa-se que possíveis “joint venturis” futuros, preservem e protejam as indústrias e atividades já existentes no Estado, da concorrência predatória. “Joint venturis” significará promover a união de duas ou mais empresas com o objetivo de iniciar ou realizar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo e visando, dentre outras motivações, destinar parte da produção para o país e o restante à exportação. Assim ocorreu no mundo todo”.

EMBAIXADOR DA CHINA VEIO AO RN

Ney Lopes lembra que em 1999 trouxe ao RN o embaixador da China que fez palestra na FIERN e se colocou à disposição para obter a cooperação que permitisse a implantação de uma área de livre comércio em São Gonçalo do Amarante, com base no aeroporto, aglutinando todos os municípios do estado, que formariam polos regionais de produção de produtos exportáveis.

Ney Lopes esclarece que demonstrou ao embaixador chinês que “o nosso estado, pela sua posição geográfica privilegiada (o mais próximo na América Latina da África, Europa e até do Canal do Panamá) poderá se transformar num polo de exportação e turístico global, aumentando as exportações nacionais, gerando milhares e milhares de empregos, além de divisas para o país”.

COMO VIABILIZAR NOSSA AREA DE LIVRE COMÉRCIO?

Indagado como tornar concreta essa proposta, Ney Lopes afirma: “Não será uma luta fácil. Porém, se prevalecer o bom senso de reconhecimento das condições naturais, dadas por Deus, em relação à localização geográfica do RN, o Presidente Temer, após mobilização política das classes empresariais, dos sindicatos de trabalhadores interessados na geração de emprego e da opinião pública, poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional (e só o governo federal poderá fazê-lo) criando a área de livre comércio do Grande Natal, a exemplo do que foi feito em 2008, quando o senador Romero Jucá defendeu e conseguiu tornar realidade uma área de livre comércio em Roraima, com a transformação, por lei federal, das ZPES de Boa Vista e Bonfim. No RN seria a transformação das ZPES de Macaíba e Assú, em área de livre comércio. O nosso estado é a maior fronteira aérea e marítima das Américas, em relação à África, Europa e tem condições de abastecer comercialmente o canal do Panamá, agora totalmente modernizado.

Por outro lado, uma área de livre comércio no Grande Natal daria condições da política externa brasileira reativar parcerias com América Latina, criando opções para exportações mexicanas, após as sanções do Governo Trump, além de abrir espaço de reativação do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica, que sofre impacto com a saída abrupta dos Estados Unidos.

GOVERNO PODERÁ MOBILIZAR TALENTOS LOCAIS

Para Ney Lopes o meio mais indicado, no caso do RN, seria o governador Robinson Faria, se estiver convencido que esse é um caminho para desenvolver o estado, mobilizar talentos nativos em nossas Universidades, que fariam um estudo técnico de viabilização da nossa futura área de livre comércio, subsidiando a proposta que seria levada ao presidente Temer pelo governo, municípios e classe política.

O ex-deputado Ney Lopes arremata as suas declarações: “Deus queira que o Governador Robinson Faria seja sensível e aceite a máxima de que governar é perseguir sonhos! Só resta acreditar, que água mole em pedra, tanto bate até que fura”, disse.

Ex-deputado federal Ney Lopes de Souza (2)