20 de abril de 2024
EconomiaTurismo

“Precisamos preservar tanto aqueles que estão na fila a espera de uma UTI, quanto os que precisam comprar o pão de cada dia”, diz presidente da ABIH-RN

Com um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no período que compreende abril de 2020 e fevereiro deste ano, o turismo, um dos maiores setores econômicos do estado, está à beira da falência e levando milhares de pessoas ao desemprego e a fome. “Ter que ouvir de um ex-funcionário a seguinte frase: ’Eu preferia mil vezes contrair o vírus a ter que deixar de levar comida para casa’ é uma das coisas mais angustiante que eu já ouvi!”, comentou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), Abdon Gosson.

Especificamente, cerca de 80 mil profissionais formais do turismo estão nas estatísticas do desemprego no setor, entretanto, esses dados não levam em conta os outros milhares de empregos informais que dependem direta e indiretamente do turismo no estado, a exemplo dos ambulantes, motoristas, vendedores de comida de praia, fornecedores, etc, o que somaria um número muito maior e assustador.

“Nossa luta é pela vida. Precisamos preservar tanto aqueles que estão na fila a espera de uma UTI, quanto os que precisam comprar o pão de cada dia. A miséria é uma doença tão grave quanto a que estamos enfrentando nessa pandemia e por isso faço um apelo genuíno aos órgãos públicos para que olhem para essa situação com uma consideração urgente. E isso significa a aceleração da disponibilidade da vacina, pois ela é a única que pode nos tirar dessa situação e salvar as vidas e os empregos”, diz Abdon Gosson.