20 de abril de 2024
Diversos

Servidores do Walfredo Gurgel realizam ato contra a falta de materiais e medicamentos no Hospital

Na manhã desta quarta-feira (06), os servidores da saúde realizam um ato público em frente ao hospital Walfredo Gurgel, contra a falta de materiais básicos e medicamentos. Além dos servidores, o protesto reuniu também acompanhantes e pacientes, contra a falta de condições de trabalho no principal hospital do estado. O ato também faz parte da campanha salarial dos servidores da saúde. A pauta de reivindicações pede reajuste salarial, concurso público, garantia das mudanças de nível vencidas, a igualdade aos servidores municipalizados, melhores condições de trabalho, mais investimento à saúde pública, entre outros.

Uma professora que acompanhava sua mãe, falou no ato e desabafou: “Eu como professora me sinto envergonhada no que está acontecendo não só na saúde, mas també na educação e segurança. Eu estou dormindo no chão há 14 dias, minha mãe tem horas que tem medicamento, tem horas que não tem. Isso é uma vergonha, a gente tem que acordar e parar com isso, dar um basta. Porque nós pagamos impostos, nós não estamos pedindo favor a Robinson”.

Desde o segundo semestre de 2014 que o hospital, assim como outros da rede estadual, sofre com a falta de medicamentos e de materiais básicos. Nesta segunda-feira (04), faltavam materiais em vários andares. No 4º andar estava faltando esparadrapo e soro. No CRO (Centro de Recuperação de Operados), não havia nem mesmo luva de procedimentos. Uma medicação usada para aliviar as dores dos pacientes – Tramal –, era racionado, sendo usado apenas para pacientes com dor aguda. Em todo hospital, falta até sabão para uso comum.

Além do desabastecimento, muitos pacientes ainda permanecem nos corredores e, por falta de leito, macas de ambulâncias ficam retidas no hospital. Devido ao déficit de pessoal, os servidores estão sobrecarregados e fazem dobra de serviço, prejudicando a própria saúde.

Para Lúcia da Silva, diretora do Sindsaúde-RN e enfermeira do Walfredo, a culpa da saúde estar assim é o governo Robinson, que disse que ia mudar, mas até agora não fez nada. “Faz quatro meses que Robinson assumiu o governo e cada vez mais a saúde está na UTI. Todos os dias morrem pessoas no Walfredo Gurgel, os pacientes estão morrendo por falta de medicamentos. Os funcionários estão ficando doentes porque chegam angustiados para trabalhar, pois sabem que não vão encontrar luvas, antibióticos, soro”, afirmou Lúcia.

Nesta quinta-feira (07), às 09h, no auditório do Sinpol, haverá uma assembleia dos servidores do estado para discutir a pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano e o rumo do movimento.

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