Silveirinha Obama Clinton
No último domingo, dois amigos bebericavam no início da noite em conhecido barzinho do Plano Palumbo de Natal.
Mesmo com tempo fechado, se deliciavam com cervejas e iguarias enquanto viam a vitória do Barcelona sobre o Real Madrid por 2×1.
– Lionel Messi é um gênio!, berrou o mais entusiasmado.
No que o outro, empresário e conhecido pelo humor ferino rebateu:
– O Barcelona venceu porque Silveirinha de Mossoró concordou. Se ele estivesse no estádio, mandava e o Real Madrid vencia.
Gargalhadas gerais.
O papo, descontraído, é making off do comportamento intolerante do prefeito que assumiu o mandato pela primeira vez quando vereador eleito com 1.800 votos, pela cassação de Cláudia Regina(DEM).
Reeleito na votação suplementar, Silveirinha guardou em alguma gaveta a sutileza do diminutivo.
Vem atuando com punhos de aço e ultrapassando limites de convivência civilizada com os críticos.
Ambicioso, se inscreveu, em novembro, depois do segundo turno para o Governo do Estado, para presidente da Federação dos Municípios e contou com o apoio do governador eleito e incensado(à época), Robinson Faria. Ganhou.
Silveirinha não tem ponto e parágrafo. É ponto final. Não gostou de qualquer opinião, até mesmo sobre Jogo do Bicho, faz valer sua vontade nada democrática.
Silveirinha – ou Silveirão pelas atitudes – processou o repórter Dinarte Assunção, apenas por comentário irônico sobre a distribuição de caixões com a identificação da prefeitura.
Não gostou de ser comparado a Odorico Paraguassu, lendário e muito mais competente personagem de Dias Gomes na novela o Bem-Amado, que construiu um cemitério inaugurado por ele próprio na novela da Globo.
Odorico ressuscitou e passou a caçar defuntos na sequência em minissérie, na década de 1980. Nunca encontrou.
Silveirinha conta com um estranho manto silencioso e protetor na mídia. Falta um Neco Pedreira, o combativo jornalista opositor de Odorico no Bem-Amado.
Calcule se Silveirinha – ou Silveirão -, ou Obama Clinton – a mistura dos dois mais famosos presidentes norte-americanos da história recente, ouvisse o que escutam, veem e leem Dilma Rousseff, Aécio Neves e os verdadeiros profissionais da política.
Mundo circular, que gira, os rompantes de Silveirinha – ou Silveirão -, haverão de sumir no anedotário piegas da história política do Estado.
Ou então, Messi que se cuide.
Com o prefeito de Mossoró, é na mordaça.
Remake de Ditadura.
E a administração de Mossoró, como é que vai? Posso perguntar, prefeito?