19 de abril de 2024
Política

Silveirinha Obama Clinton

No último domingo, dois amigos bebericavam no início da noite em conhecido barzinho do Plano Palumbo de Natal.

Mesmo com tempo fechado, se deliciavam com cervejas e iguarias enquanto viam a vitória do Barcelona sobre o Real Madrid por 2×1.

– Lionel Messi é um gênio!, berrou o mais entusiasmado.

No que o outro, empresário e conhecido pelo humor ferino rebateu:

– O Barcelona venceu porque Silveirinha de Mossoró concordou. Se ele estivesse no estádio,  mandava e o Real Madrid vencia.

Gargalhadas gerais.

O papo, descontraído, é  making off do comportamento intolerante do prefeito que assumiu o mandato pela primeira vez quando vereador eleito com 1.800 votos, pela cassação de Cláudia Regina(DEM).

Reeleito na votação suplementar, Silveirinha guardou em alguma gaveta a sutileza do diminutivo.

Vem atuando com punhos de aço e ultrapassando limites de convivência civilizada com os críticos.

Ambicioso, se inscreveu, em novembro, depois do  segundo turno para o Governo do Estado,  para presidente da Federação dos Municípios e contou com o apoio do governador eleito e incensado(à época), Robinson  Faria. Ganhou.

Silveirinha não tem ponto e parágrafo. É ponto final. Não gostou de qualquer opinião, até mesmo sobre Jogo do Bicho, faz valer sua vontade nada democrática.

Silveirinha – ou Silveirão pelas atitudes – processou o repórter  Dinarte Assunção, apenas por  comentário irônico sobre a distribuição de caixões com a identificação da prefeitura.

Não gostou de ser comparado a Odorico Paraguassu, lendário e muito mais competente personagem de Dias Gomes na novela o Bem-Amado, que construiu um cemitério inaugurado por ele próprio na novela da Globo.

Odorico ressuscitou e passou a caçar defuntos na sequência em minissérie, na década de 1980. Nunca encontrou.

Silveirinha conta com um estranho manto silencioso e protetor na mídia. Falta um Neco Pedreira, o combativo jornalista opositor de Odorico no Bem-Amado.

Calcule  se Silveirinha – ou Silveirão -, ou Obama Clinton –  a mistura dos dois mais famosos presidentes norte-americanos da história recente, ouvisse o que escutam, veem e leem Dilma Rousseff, Aécio Neves e os verdadeiros profissionais da política.

Mundo circular, que gira, os rompantes de Silveirinha – ou Silveirão -, haverão de sumir no anedotário piegas da história política do Estado.

Ou então, Messi que se cuide.

Com o prefeito de Mossoró, é na mordaça.

Remake de Ditadura.

E a administração de Mossoró, como é que vai? Posso perguntar, prefeito? 

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