17 de abril de 2024
Política

Styvenson pede auditoria do TCU sobre salários da CAERN e diz que a estatal acumula prejuízo de R$ 51 milhões

Segue a polêmica do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) e a Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (CAERN).

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) enviou ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo auditoria na Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (CAERN) devido ao acumulo de prejuízo e o pagamento de altos salários a um grupo de servidores.

A empresa tem participação societária da União, o que justifica a ação do TCU.

Styvenson Valentim mostrou que a estatal de águas e esgoto potiguar acumulou, em 2018, prejuízo de mais de R$ 9 milhões e, no primeiro trimestre de 2019, acumulou outros R$ 3 milhões negativos. Em 15 meses, a soma das perdas chega a R$ 12 milhões. “Aí me pergunto: e os diretores recebem altíssimos salários para gerir prejuízo? Numa empresa com praticamente 90% dos custos sustentados com o dinheiro dos cidadãos do RN, se justifica tamanho desequilíbrio na folha de pagamento? E embora o presidente receba em torno de 20 mil reais, tenho aqui uma pesquisa simples no Portal da Transparência da CAERN que mostra que apenas uma recebeu, este ano, R$ 623.324,45 centavos. Em agosto, o valor bruto dela foi R$ 91.532,84 centavos. Ainda bem que só são seis diretores, contando o presidente. Já pensou se fossem mais diretores?”, indagou Styvenson. Essa funcionária deixou o posto de diretor em novembro.

“São mais de 51 milhões de prejuízos acumulados desde 2015”, disse.

O senador também revelou dados oficiais que mostram os prejuízos das estatais do Rio Grande do Norte em 2018, num total de R$ 57 milhões.

Entre as que mais deram prejuízo, estão a CAERN, com quase R$ 10 milhões de perdas; a DATANORTE com R$ 20 milhões e a CEASA, com mais de R$ 14 milhões de prejuízos.
“A CAERN tem toda a condição para ter lucro, e tendo, merece sim remunerar bem seus colaboradores, mas com a receita que ela mesmo produzir, por sua atividade.

Agora, a empresa se mantém com o “dinheiro da viúva”, como dizem sobre os recursos públicos, e ainda comete esse tamanho abuso? Porque para mim é abuso”, afirmou.