18 de abril de 2024
Política

Styvenson quer exame toxicológico para jovens

O senador Styvenson Valentim (Podemos- RN) defendeu nesta segunda-feira (11), no plenário do Senado, a aplicação de exame toxicológico em jovens, como forma de evitar que eles entrem neste caminho sem volta que é a droga.

O senador falou de sua experiência com essa iniciativa, vivida na escola estadual Maria Ilka de Moura, localizada na periferia de Natal, em região de vulnerabilidade. “Não é um exame caro diante do custo que a droga causa para a sociedade. Então, não se combate com mais eficiência o tráfico de drogas prendendo traficante, endurecendo a pena. Porque se existe o consumo, se existe a pessoa que vai comprar e se prende um traficante, logo outros vão entrar, porque é um comércio realmente lucrativo, porque há muitos consumidores”, avaliou.

O senador potiguar, que trabalhou na polícia militar por 15 anos, entende que a aplicação de exames toxicológicos nas escolas de ensino médio e universidades é uma forma de evitar que o jovem inicie o consumo da droga. “Exames toxicológicos para crianças, para adolescentes, para universitários, evitando o consumo, envolve segurança pública, envolve saúde pública, envolve cidadania, envolvem muitas coisas juntas. Então, em um simples ato, que não é caro, a gente pode corrigir e combater esse problema, essa peste que é hoje a droga na nossa sociedade”, afirmou, em aparte ao senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

Styvenson ainda defendeu uma profunda discussão sobre o consumo do álcool, do cigarro e da propaganda desses produtos, que, de acordo com ele “corrompem os nossos jovens, porque em nenhum momento se coloca a propaganda de bebida alcoólica mostrando a realidade, as brigas dentro das residências, as mortes no trânsito. O jovem acha aquilo muito lindo”.

O senador também lembrou da polêmica causada pela iniciativa dos policias em trabalhar no cotidiano da escola Maria Ilka e de aplicar o exame toxicológico. “No início causou polêmica a nossa participação junto com a gestão escolar. Os professores ficaram com a questão pedagógica, de gerir a escola; e nós, policiais, ficamos com a parte de ordem, disciplina e segurança”, disse o parlamentar. “A gente criou um ambiente escolar favorável, onde as crianças queriam estar. Saímos de 30 alunos para 500, e eu recebi aqui mensagem da diretora de que nós [a escola] não temos mais vagas. Criamos um modelo de policiamento e professores convivendo no mesmo espaço que deu certo para a formação. Antes aquelas crianças não tinham um sonho, não queriam ser advogados, não queriam ser médicos, não queriam ser nada, e hoje eles querem ser alguma coisa, porque têm na educação uma possibilidade. Só não querem ser bandidos. Só não querem mais confrontar a Polícia Militar dentro daquela área de risco”, explicou Styvenson Valentim”.