19 de abril de 2024
Educação

A NOVA NORMALISTA

Vestida de azul e branco, trazendo um sorriso franco no rostinho encantador, a linda normalista é agora apenas saudade nos versos de Nelson Gonçalves.

As vocações para o magistério não são mais decantadas. Nem estimuladas. Profissão pouco reconhecida e mal remunerada.

O exemplo de uma cidadezinha de pouco mais de cinco mil habitantes, se seguido, poderá mudar o quadro desanimador para profissionais da educação.

A chegada de uma nova professora para a classe do segundo ano primário foi festejada como há muito não se via.

Com direito a ampla e simpática matéria com chamada e foto na primeira página do centenário jornal, agora digital, apresenta a nova moradora à comunidade.

Primeira neta a colar grau pelos dois lados da família, desde cedo decidiu-se pelo ensino, tendo recebido incentivo de todos. Para cursar a universidade, trabalhou como babá.

Depois de dez anos de formada, com três filhos, recomeça a carreira em outro estado. Acompanha o marido no sonho realizado com a aquisição da pequena propriedade onde plantam milho e criam porcos.

Sempre sobra um tempinho na tripla jornada, para cultivar seus hobbies, decoração e artesanato.

A acolhida não poderia ter sido melhor. Faz questão de agradecer as boas-vindas de todo o corpo docente e o amparo inicial recebido.

Encontrei muito apoio. As pessoas sempre me perguntam se preciso de ajuda.”

Toda jovem professora tem um quê de Melanie de Minnesota.

 

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