24 de abril de 2024
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40 anos sem Elis: “Ninguém se compara a quem é incomparável”, diz Maria Rita

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Que ela não gosta de comparações, todo mundo sabe e esta foi a motivação de sua “descoberta” tardia como cantora.

Mas hoje, 40 anos depois da morte de sua mãe Elis Regina, Maria Rita volta às páginas depois de desabafo nas suas redes sociais:

— Prometi para mim mesma que eu não ia mais falar sobre isso. Esta é a última vez .

Não me oponho a falar da minha mãe. Mas, para responder se as comparações me incomodam, estou cansada. Não vejo mais por que ficar nessa conversa. Tenho 20 anos de carreira, oito Grammys Latinos, minha carreira está sólida, tenho muita coisa para fazer.

Também escreveu no Twitter:

“Eu só quero buscar alguma paz dentro desse cenário em que a Elis é de todos, mas a mãe é minha.” E, para reforçar que não imita Elis, usou letras maiúsculas para tocar num ponto delicado: “EU NÃO LEMBRO DE MINHA MÃE. Zero. Zero lembrança.” Tinha 4 anos quando a mãe morreu aos 36, após uma noite em que misturou álcool e drogas:

— Não me lembro da voz, do cheiro, do toque, de nada. A terapeuta que me atendia em São Paulo (a cantora está morando no Rio) acha que pode ter a ver com o trauma: “Sua mãe botou você para dormir e, quando acordou, você não tinha mãe. Isso não é coisinha pouca. E não importa se é Elis Regina ou não.” É um rompimento muito violento, muito agressivo.

Escreveu frases como “ninguém se compara à incomparável” e “e eu acho que canto pra c*****o!!! Mas não chego aos pés de dona Elis. MAS E QUEM CHEGA?” Faz coro com quem considera a mãe a maior cantora que já houve no Brasil.

— É tipo Ella Fitzgerald. Quando ouço Ella, eu falo: não é normal. Eu sou normal. Sou apenas muito boa no que faço. Sou talvez das melhores. Hoje posso afirmar isso. E muito dessa segurança veio depois do (show) “Redescobrir”. Por causa da qualidade do repertório, da riqueza harmônica, melódica, poética. 

Três grandes projetos sobre Elis Regina, com potencial para recolocarem o nome da cantora em destaque com frescor e ineditismo, estão na esteira para serem lançados entre o segundo semestre deste ano e o começo de 2023.

“Quarenta anos de morte não, de saudade de Elis”, prefere dizer seu filho, João Marcello Bôscoli.

PARA MARCAR A DATA

Novidades para marcar os 40 anos que ela morreu depois de misturar álcool e cocaína.

Dois dos produtos serão  ligados ao audiovisual serão lançados: um documentário em três episódios, na HBO, vai levar o nome de Elis por João, com imagens de programas, shows e entrevistas que Elis concedeu para emissoras de vários países. O produtor é Marcelo Braga e direção ficou com Lea Van Steen.

O segundo projeto em fase de finalização, aguardado pelos fãs há anos, é também um documentário gravado pelo produtor Roberto de Oliveira durante os registros, em Los Angeles, nos Estados Unidos, do álbum Elis & Tom, lançado em 1974. Roberto tem um material bruto de 3h30 em vídeo e mais 4h em áudio guardados desde então.

E a terceira empreitada, em uma frente inédita para os fãs da cantora, trata-se da criação do personagem Elis para história em quadrinhos, desenvolvida pelo desenhista Gustavo Duarte, 44 anos, um dos mais respeitados quadrinistas e cartunistas brasileiros, com trabalhos realizados para os estúdios internacionais Marvel e DC Comics.

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