19 de abril de 2024
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GÊNIOS EM FALTA

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Quando chegam certas datas, personalidades que marcaram suas passagens pela vida, com ações, obras e ideias, são lembradas.

Artistas, grandes pintores têm os museus que preservam as obras primas.

As praças mantém em pedestais os trabalhos dos escultores.

Músicas imortais encontram sempre outros grandes artistas para reproduzí-las.

No cinema, há repetidas oportunidade para se rever, o filme que merece reprise. E vale a pena. De novo.

A ciência acumula e amplia conhecimentos, tributando aos antepassados os méritos da dedicação e pioneirismo.

Hoje é dia de lembrar a homenagem que Conquista ofereceu ao seu ilustre e desvairado filho, há um ano.

Gláuber Rocha faz muita falta.

Oswaldo Cruz, também.


(Publicação original em 25/07/2019)


MAIS FORTES  SÃO OS PODERES DO POVO

Homenagem inadequada. E justa.

O gênio baiano merece ser imortalizado além das suas ideias e filmes. Também em pedra e cal.

O erro foi na escolha da obra, um aeródromo.

Dava pra esperar um pouco  e fazer um tributo mais apropriado.

Depois que o sertão virasse mar.                                          Seria perfeito.                      

Porto Marítimo Glauber Rocha, de Vitória da Conquista.

Em discurso cronometrado  pela mídia ex-golpista, em exatos seis minutos, o Presidente não fez nenhuma referência ao ilustre conquistense homenageado.

Talvez inibido pela recusa do governador paraíba da Bahia em comparecer ao regabofe sem seus mortadelas.

Ou pela ausência de familiares do cineasta. Paloma, a filha, recusou o primeiro pouso.

Perdeu a chance de fazer um discurso, digamos assim, glauberiano.

Poderia iniciar, pela saudação às autoridades. Depois das civis e eclesiásticas (os padres da Opus Dei), as militares. A quem nomearia como esses legítimos representantes do povo.

E diria para surpresa dos que nunca assistiram ao programa Abertura da TV Tupi, que assim falou quem considerava o General Golbery do Couto e Silva,  um dos gênios da raça. E colocava o rasputin da redemocratização no mesmo altar de Darcy Ribeiro.

Poderia se estender um pouco mais e dizer que Glauber (nessas alturas uma pitada de intimidade, cai bem) ao voltar do auto-exilio  por europa , frança, montevidéu, moscou, argélia, cuba e bahia, onde encontrou Prestes, Jango, Arrais, Darcy, Dirceu e ACM, declarou-se militarista,  terceiro mundista e dono de uma capa verde comprada numa boutique de Saint Germain.

Falecido em 1981 aos 42 anos,  não é difícil imaginá-lo aos 80.

Auto-proclamado florianista,  no mínimo já estaria abrindo alas para o general da banda passar:

Mourão, Mourão

Vara madura que não cai …

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