23 de abril de 2024
Educação

A GREVE CONTINUA

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Antes de sair do noticiário, qualquer assunto de começo impactante com direito às manchetes garrafais, vai passando para as página internas dos jornais até desaparecer depois de ocupar uma notinha de rabicho de coluna.

Da greve dos professores 2020.1, não se tem mais notícia. Se acabou, foi em alguma Assembleia virtual pelo Zoom.

Como já estamos no final do ano e os mestres não abrem mão das férias vencidas, quando a vacina chegar e o novo normal der as caras, já será tempo de retomar a luta por melhores salários.

Ou quem sabe, até que a nova lei da previdência, recentemente aprovada, seja revogada.


(Publicação original em 26/09/2019)


GREVE DE PRIMA

Tirando a dos caminhoneiros, são todas tão eficazes quanto as dos surfistas.

Ninguém deixa mais de pagar contas, transferir e sacar dinheiro, quando  os bancários vão à praia.

A telinha do smartphone virou caixa de correspondência e o telegrama ganhou cores e som.

Na Saúde, tudo virou emergência. Que não pode parar.

Foi atingido o patamar supremo do estado permanente de paralisia. Com o coroamento da  greve na greve (tema digno de uma  pós-doc), toda sexta-feira.

Educação, um caso à parte, merece olhar de normalista.

Pega mal parar os serviços ao público no mandato da companheira governadora, terceira mulher, segunda professora e primeira de origem popular.

Além de já ter sido batido, em seis meses,  o recorde de reuniões com o primeiro time da administração.

Não foi isso mesmo que se pediu a vida toda?

E tome diálogo, cafezinho e agendamento de novas mesas de negociação.

Dizem que depois que foi liberado o calendário das reuniões com os sindicalistas mobilizados, os sindicalistas comissionados já têm know how para elaborar o de pagamento.

Só está faltando mobilização das bases. E pressão.

Nem sempre o movimento paredista foi exercido no conforto, embaixo de toldos,no bosque do Centro Administrativo. Movido a cerveja e churrasco.

Nos anos de chumbo fervente, ninguém ousava falar no assunto.

Com a distensão de Geisel, era coisa exclusiva dos metalúrgicos do ABC.

Depois virou coqueluche. Pegou em americanos, alecrinense e até nos funcionários públicos.

Somente na quase-democracia de Figueiredo, a moda aportou na capitania entregue de bandeja e nunca achada por João de Barros. (Que nos trocou  pelas delícias caribenhas).

Uma paralisação das escolas era tudo o que um governador eleito indiretamente mas populista, não queria.

O movimento forte, organizado e coeso, ameaçava a  perda do ano letivo e os futuros votos.

O secretário Arnaldo Arsênio depois de empenhar todo o seu prestígio e  reputação, conseguiu um acordo.

Bom para ambas as partes.

Desgastado e cansado, era hora de pedir o capelo. Não contaria a ninguém enquanto não chegasse o momento propício para falar do assunto com o governador Lavoisier Maia.

Tudo teria corrido conforme o planejado se não fosse a presença do Deputado Onésimo (também) Maia para uma audiência não marcada.

Já na boquinha da noite, expediente encerrado,  com o hábito diário de acolitar a missa das seis, o secretário mandou as escusas e a informação que a autoridade seria recebida, sem pressa, no dia seguinte.

A reação nada política do parlamentar e médico …

“Aqui não virei mais. Quem espera por homem é rapariga.“

… deu a Nova Cruz um secretário pra chamar de seu. Luiz Eduardo Carneiro Costa.

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