A interferência do Twitter nos trabalhos da CPI da Covid
Por Mônica Bergamo
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que será o relator da CPI da Covid, deve se reunir na próxima semana com representantes do Twitter para discutir formas de proteger a comissão de ataques de robôs ou de perfis falsos que espalham fake news na rede.
Há uma preocupação de que os parlamentares não recebam informações mentirosas sobre a reação da população às iniciativas da CPI. A assessoria de Calheiros vai inclusive usar um aplicativo que identifica o comportamento de perfis que não são de pessoas reais, ou que são criados em grande número apenas para promover ataques virtuais.
MÁQUINA 2
A assessoria do senador já faz esse monitoramento em relação a mensagens postadas sobre ele. Em dois anos, diz já ter identificado 20 mil perfis que são robôs ou criados por uma pessoa para disseminar ataques.
O Twitter já teria apagado 3 mil deles, segundo a equipe de Calheiros.
De acordo ainda com o grupo, será feito um relatório com a quantidade de menções à CPI —e quais delas são elogiosas, críticas ou simplesmente falsas. Com isso, os parlamentares poderão ter uma ideia mais próxima da realidade sobre o impacto de sua atuação.