19 de abril de 2024
Coronavírus

A PESSOA DA CAPA

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As listas dos mais mais saíram de moda.

A crônica social já não elege as 10 + elegantes nem os bem-sucedidos recebem troféus de destaque.

Em 1927,  o aviador Charles Lindbergh depois da primeira travessia do Atlântico, foi capa da revista Time.

A mais bem sucedida e longeva de todas as publicações, inaugurava, numa semana modorrenta, de poucas notícias, uma tradição que sobreviveu a todas as mudanças, crises e guerras, como uma das mais marcantes homenagens prestadas a alguém.

O Homem do Ano.

Vale como um Prêmio Nobel das celebridades.

Depois de ter agraciado as mais destacadas figuras públicas, chefes de estado em particular, laureou também coletivos. Cientistas americanos. Mulheres americanas.

Antes da Segunda Guerra, cometeu gafes.

Em 1938, premiou  Adolf Hitler.

No ano seguinte, Josef Stálin.

O Fürher por ter unificado a Alemanha com a Austria, antes de querer juntar o resto do mundo sob o regime nazista.

O lider e ditador soviético por mais de trinta anos, pela assinatura do tratado de não agressão com o Terceiro Reich, pouco antes da invasão da Polônia.

Tem lembrado de poucas mulheres. Elizabeth II, Corazón Aquino, Angela Merkel.

A ativista adolescente Greta Thunberg, foi a ganhadora da vez passada.

Há 20 anos, a premiação já havia se rendido ao politicamente correto e à ideologia de gênero.

Na virada do século, escolheu Albert Einstein como  a mais importante pessoa em 100 anos.

Na escolha afetada pela pandemia, a chapa vitoriosa, Joe Biden e Kamala Harris, formou o primeiro par na exclusiva galeria.

Os méritos enxergados nos trabalhos e ações de quem ajuda o mundo a ser melhor,  deve ser reconhecido por todas as sociedades.

Em nosso pequeno Rio Grande, há um exemplo que merece registro, reverência e preito de gratidão.

Os médicos potiguares formaram o pelotão de  infantaria no front da guerra que surgiu sem toques de alerta nem declarações de beligerância.

Sem equipamentos de proteção adequados e com poucas armas eficazes, foram eles, as primeiras e as maiores baixas.

Destemidos, permaneceram nas trincheiras, ambulatórios, salas de emergência e unidades de tratamento intensivo, sem descanso nem desânimo.

Seguiram os ditames da ciência médica e da arte de curar mas trouxeram para os campos de batalhas, experiências adquiridas em outras lutas, mesmo sem chancelas, carimbos e aprovos oficiais.

Um grupo em particular, merece todas as honras.

Os que mostraram que ao contrário do que diziam os sábios das academias, era possível cuidar e tratar precocemente, com armas e remédios acessíveis.

Conforto e esperança foram distribuídos por quem se tentava ridicularizar.

Enquanto não chega a cura testada e comprovada, nem a vacina eficaz, o trabalho destes nossos heróis merece ser enaltecido.

Para representá-los, o Professor Fernando Antônio Brandão Suassuna faz jus ao título e ocupa a capa da revista imaginária, com todo merecimento.

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