29 de março de 2024
Governo

A RÉGUA DO CALENDÁRIO

97B86AAC-8765-4058-AA06-E9235BB30BBDPassado pouco mais de um ano, a avaliação do governo tem um ponto comum.

Para onde convergem apoiadores, dos novos de cada quatro anos e a companheirada de carteirinha, até os mais raivosos opositores.

Todos concordam que o esforço empregado na administração de uma crise sem fim, exauriu quase todas as energias, sobrando poucas para enfrentar a reforma da previdência.

Administrar o passivo da folha de pagamento.

É só o que se tem feito.

O resto é ramerrame.

Reunião. Mesa de negociação. Audiência. Falta de apoio do governo federal. Entrevista de pergunta combinada. Dinheiro caindo do céu.
Ou aflorando das profundas do pré-sal.

O tempo já é bastante para mostrar que congelar o passado, atribuindo todas as mazelas a uma herança maldita, é  argumento inconsistente.

O pagamento do mês de novembro de 2018 pode ser visto, como um feito hercúleo em orçamento apertado e  numa economia que gera poucos tributos.

Ou mostrar-se claramente, uma ilusória e desalmada manobra que atingiu somente  os mais frágeis.

Os do fim da fila.

Os sem prioridade.

Os sem acesso à cascata que irriga os contracheques já transbordantes de penduricalhos.

Os desarmados.

Os aposentados.

As pensionistas.

Elementar.
Os 
proventos daquele remoto mês eram para ter sido  pagos com as receitas do mesmo período.

Insuficientes, geraram o atraso. E a sequência.

À medida que o fluxo de caixa tem continuidade, as despesas são pagas na ordem cronológica.

862B5894-02FC-4684-8071-D3AD2D31CF7EEra pra ser assim.

Receitas e despesas, em paralelo.

Planilha de poucas colunas.

Deveres e Haveres.

Calendário único.

Um dia depois do outro.

Um mês, idem.

Um ano, idem, idem.

Abaixo da régua passada no final de cada 30 dias, a caneta azul. Ou vermelha.

O que sobra ou o que falta entra no mês e na página seguintes.

O atrasado é o passado mais próximos do último recebimento

Não foi o que aconteceu, nem o que vem sendo dito.

Como se esquecido ou envelhecido, o pagamento viesse a prescrever.

É preciso entender os mais velhos.

Quando a memória começa a falhar, os fatos recentes podem até ser esquecidos. Os mais antigos, não.

Acusar o antecessor é  desculpa que por mais repetida, não quita débitos nem dispensa juros.

À léguas de distância das  boas práticas contábeis, criou-se, de improviso, para atender aos novos funcionários comissionados, uma aberração que não encontra lugar nos regimes de caixa nem de competência.

O adiantamento do salário no meio do mês em curso.

Como se pagar por uma mercadoria não entregue ou por um serviço ainda não finalizado, fosse a coisa mais criativa e proba que um administrador possa fazer.

A caderneta das contas públicas precisa ser revista. Na ponta do lápis.

O atual governo está em débito (ainda não  pagou), o décimo terceiro salário. O último. 2019.  Ponto e vírgula.

Com os pagamentos em 15/02/2020,  estão sendo regularizados, sem correção, um mês inteiro, dezembro de 2019, e um terço  de janeiro de 2020.

Noves fora, restam em atraso, um décimo terceiro integral e 70% de um mês.

O mais é folclore. E marketing.

Se este desenho não está sendo entendido pela professora de ensino fundamental nem pelos pós-doutores iluminados das giroflex, dirijam-se à gerência da sua panificadora predileta.

O perigo é que atraso salarial seja também reconhecido como patrimônio imaterial do servidor potiguar.

E  entre no calendário oficial do estado para ser comemorado, anualmente, no dia 30 de fevereiro.

One thought on “A RÉGUA DO CALENDÁRIO

  • Geraldo Batista de Araújo

    Estou convencido que os “testículos” do meu urologista agrada a gregos e troianos como eu que não tenho gabarito para ser um grego pleno de sabedoria. Sou apenas um verdadeiro beradeiro
    do pé da Serra do Bico da Arara, berço de Zé das Cuias.

    Resposta

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