18 de abril de 2024
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A ÚLTIMA COCA-COLA DO MARANHÃO

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Desviado dos mares  caribenhos,  o furacão Bolsonaro fez seu touchdown na ilha de São Luís, aglomerou multidão  e deixou um rastro de polêmica. E revolta nos adversários políticos.

Desconcertante como é do seu  feitio, estilo e natureza, resolveu declarar guerra aos comunistas.

Logo no primeiro e único estado governado pelo partidão.

Sem dar bolas para o politicamente adequado, em transmissão ao vivo pela TV estatal,  resolveu fazer graça com um símbolo da indústria local.

Mal acabou a festa, o anfitrião, o governador com nome e cara de simpático dinossaurozinho, reagiu com indignação de um bom ludovicense.

A infeliz associação de ideias homofóbicas com a cor da bebida mais popular, ganhou o noticiário e ameaças de processos judiciais.

Errático e sortudo como costuma ser, o capitão-presidente pode até estar prestando um enorme serviço à economia regional e à manutenção do Guaraná Jesus,  orgulho e patrimônio do povo maranhense.

Fórmula secreta criada pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes em 1927, o xarope não comprovou efeitos medicinais mas a cor e o sabor caíram no gosto dos netos.

Para logo conquistar a torcida do Sampaio Corrêa e os fiés eleitores de José Sarney.

A abençoada fábrica também atraiu a cobiça dos argentários.

Em 1960 foi comprada pela Cervejaria Antarctica e a marca desapareceu.

Depois de longa batalha judicial, os herdeiros do criador do refrigerante  cor-de-rosa venderam os direitos de propriedade do rótulo à The Coca-Cola Company.

Na semana em que a empresa-símbolo do capitalismo yankee anuncia uma redução de 11% dos seus negócios globais, em consequência aos novos hábitos dos consumidores depois da pandemia, a intervenção presidencial pode ser mais do que conveniente e correta.

A empresa com maior penetração nos mercados de todo o mundo avisou que está prestes a dar o passo mais largo para deixar de produzir produtos que  não os mais saudáveis e ecológicos.

Serão mais de 200 as marcas que deixarão de ser produzidas.

A maioria delas, produtos artificiais e de comercialização restrita.

Além da planta nordestina, a outra unidade produtora de Brasilia deverá ser afetada pelos cortes.

Segundo a CNN, a Coca-Cola passou por momentos difíceis durante o período de isolamento, por conta do fechamento de lanchonetes e restaurantes e deverá concentrar esforços nas marcas mais conhecidas e mais fortes no mercado.

Ficam mais mistérios inexplicáveis da política e da economia brasileiras para serem esclarecidos pelos sociólogos e cientistas sociais.

Um presidente evangélico e chacoteiro, une-se a um  governador comunista para salvar Jesus das garras do capitalismo selvagem.

Viva o Brasil!

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7 thoughts on “A ÚLTIMA COCA-COLA DO MARANHÃO

  • Marcelo Leite

    Com o Guaraná Jesus, Bolsonaro deu o pontapé inicial na campanha presidencial do Dinho, e os Comunistas fazendo a Festa.

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  • Domicio Arruda

    Será que ele está escolhendo o adversário?

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  • Bené Brito

    Caro senhor doutor, seu longo e torto texto foca em política partidária e esquece o teor da fala preconceituosa do senhor presidente.

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    • Domicio Arruda

      Do que o senhor reclamou, não há falta no que foi escrito. É o fio condutor no tortuoso e nem tão longo texto.
      Preconceitos à parte, tem muito leitor que nunca deveria ter saído dos 140 toques.
      Sugiro uma re-leitura menos dinâmica.
      Vai lhe tomar só 2 minutos.

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      • Bené Brito

        Será? parece-me que o senhor não sabe interpretar o próprio texto. Deixo meus parabéns pela maneira educada que lida com seus leitores.

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  • Fátima Sousa

    Quantos tiros no pé esse presidente ainda vai dar até o término do seu mandato? Burrice tem limites?

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  • PedroArtur

    Burrice nao , Fatima esse Presidente e muito inteligente , quer esta sempre na midia .

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