29 de março de 2024
Imprensa Nacional

Advogada confirma presença de Jair Renan em festa, mas defende; “a CPI não pode criminalizar encontro social”

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Por Bela Megale no Globo

A advogada da família Bolsonaro Karina Kufa disse à coluna que em maio de 2020 realizou em sua casa, em Brasília, um churrasco que teve entre os convidados o advogado Marconny Faria, apontado pela CPI como lobista da Precisa Medicamentos.

A empresa é investigada por supostas irregularidades na venda da vacina Covaxin para o governo federal.

Karina afirmou que o filho caçula de Bolsonaro, Jair Renan, também compareceu ao evento a convite de Marconny.

Ela diz que não tem conhecimento de nenhuma tratativa envolvendo negócios na ocasião e que os dois já se conheciam. O jornal “Folha de S. Paulo” informou que a empresa de eventos Jair Renan foi aberta com a ajuda de Marconny Faria, que tem depoimento marcado para esta quinta-feira na CPI.

– Diversas pessoas estavam nessa churrasco, entre elas Marconny e Jair Renan, que foi convidado pelo próprio Marconny. Não ouvi qualquer tratativa sobre negócios nesse evento minha casa, seja envolvendo vacina ou outro assunto.

O tema vacina nem era tratado na época. Também nunca atuei na abertura do escritório de Jair Renan– disse a advogada à coluna.

Karina Kufa relatou que no mesmo churrasco o ex-diretor da Anvisa, José Ricardo Santana, estava entre os convidados.

A advogada disse que o conhecia por sua atuação na agência sanitária e que nunca teve relação profissional com os citados. Nesta semana, a CPI da Covid aprovou a convocação de Karina Kufa para depor na Comissão. Senadores querem que ela explique sua relação com Marconny e Santana.

– A CPI não pode criminalizar eventos sociais.

Essa é uma tentativa rasteira de alguns senadores que buscam manter uma convocação injustificável, já que não existem fatos a serem esclarecidos. – afirmou Karina.

Segundo o autor do requerimento de convocação da advogada, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ela está sendo chamada não por ser advogada de Bolsonaro, mas pelas relações que tem com pessoas suspeitas de envolvimento em irregularidades no Ministério da Saúde.

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