Álvaro Dias enfrenta mais um dilema entre : Saúde e Economia
O prefeito Álvaro Dias (PSDB) ultrapassou e muito o toque de recolher da sexta-feira.
Recebeu integrantes do Comitê Científico de Natal com quem tomou providências para os próximos dias de enfrentamento da pandemia, incluindo o Hospital Dia que vai funcionar no Palácio dos Esportes – uma forma de desafogas hospitais e UPAs.
Depois da ciência, ainda atendeu empresários do setor de bares e restaurantes. Um clamor não menos grave de pessoas que temem a quebradeira no setor.
Desde o ano passado, Álvaro Dias tem buscado soluções intermediárias para preservar empregos gerados pelo comercio e turismo. Economia que movimenta a cidade como um todo.
Agora, parece se ver num dilema ainda maior.
As perspectivas não são promissoras para dias melhores. Ele sabe que os números incontestáveis de ocupação de leitos em Natal e região metropolitana.
Ele sabe também que só a vacina e tratamento precoce não serão suficientes.
Assim como não pode desconhecer que o discurso negacionista e anti-PT não pode ecoar no perfil de um médico que nunca minimizou a doença.
Hoje, as respostas podem vir com anuência o Decreto da Governadora Fátima Bezerra ou alguma divergência pontual.
Não há quem acredite mais em confronto com a verdade posta nas filas crescentes por leitos críticos.
A guerra permanece. No fogo cruzado: a população.
Os dois estão certos e os dois estão errados. Comitê científico é conversa fiada, ou seria um comitê para representação de todos.
Fátima é uma especie de Maomé, apenas na frase famosa. Durante o primeiro pico da pandemia, Fátima se escondeu o máximo possível; agora, ela leva o povo para se esconder com ela.
Cadê os discursos lá de janeiro, as pessoas dizendo que festas de final de ano não deram em nenhum aumento de casos? Por onde andam esses palhaços da rola russa? Cadê os aglomeradores da campanha? Do Carnaval? Dos churrascos no privado? Do desdém público?
A economia míngua, em todo canto. Aqui, com pouco entendimento, está sendo destruída. Donos de bares, restaurantes, invistam no delivery, negociem os fretes que as pessoas se animam a comprar. Pelo menos quem ainda sai para trabalhar.