Autonomia da UERN une Mossoró em torno de Fátima Bezerra
Era uma luta antiga, de mais de 30 anos, daquelas que atravessam Governos e são adiadas por críticas e controvérsias de quem não é mossoroense raiz; a autonomia financeira da UERN, Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Agora, a Governadora Fátima Bezerra (PT) reúne a agenda administrativa com viés de alta para Educação com a necessidade política de neutralizar a rejeição da maior cidade do RN a seu nome, a capital potiguar.
Se não tem Natal, todas as atenções, tempo e benefícios para segunda, Mossoró.
O caminho estava escrito, só faltava viabilizar. Ela o fez. E já começa a colher os frutos.
Aliás, Ganha um jantar na La Goccia Blu quem encontrar um mossoroense que critique a autonomia financeira para UERN assinada ontem com pompa e circunstância por Fátima.
Se é bom para as finanças do RN, se é o que se recomenda nos manuais da Administração Pública ou se é analisado como mais adequado para não inchar (mais) as obrigações do Estado, isso é outra história.
O gol político é inegável.
Ontem, a canetada final.
“Hoje não é um dia qualquer, é um dia histórico porque vai valer por muitos dias, por muitos anos, vale e vai valer por toda uma vida. Quero dizer aqui, olhando nos olhos de vocês, tendo Mossoró como testemunha: valeu o sonho, valeu a luta, valeu a pena ter sido eleita governadora do Estado e do povo do Rio Grande do Norte para protagonizar esse momento. Este ato tem um significado especial pra mim porque, com ele, estamos assegurando a garantia de um direito fundamental para a conquista da cidadania de um povo que é o direito à Educação. Confesso: quando enviei o projeto à Assembleia e no dia que ele foi aprovado, cheguei em casa, depois de um dia intenso de trabalho, chorei muito. Passou por minha cabeça o filme de uma geração que sofreu, de muitos que ficaram pelo caminho porque não tiveram direito de ter acesso a um curso de ensino superior”, disse a governadora Fátima Bezerra.
Ela traduziu o que o momento significa; autonomia plena – pedagógica, administrativa e financeira – a Uern o status que tem hoje o legislativo estadual, o judiciário, o TCE, a Defensoria Pública. A autonomia de um Poder.
Poder que gera poder… político.
Em terreno fértil que já lhe deu vitória no pleito de 2018 e ao seu candidato a presidente na época, Fátima com mais de 54% dos votos e Fernando Haddad com quase 60% dos mossoroenses que foram às urnas.
De acordo com a lei, o orçamento anual da Uern tomará por base a receita líquida de impostos arrecadados pelo executivo estadual, sendo previsto para 2022, primeiro ano da autonomia plena, um repasse correspondente a 2,31% do orçamento geral do Estado.Nas fotos e na vida real, fato é que a Governadora Fátima Bezerra (PT) conseguiu um feito para marcar sua administração; unir políticos, empresários, Igreja, estudantes e comunidade acadêmica de Mossoró.
Um bom começo para quem só pretendia manter o resultado da primeira prova; nota de 55% de aproveitamento.
Ela, agora, já pode sonhar em ampliar a meta com serviço prestado a mostrar.
UERN em números Estudantes: 9. 067 Docentes: 1.220 Técnicos: 906 Campi: 06 Cursos: 59 Porcentual do orçamento do Estado a ser repassado à UERN 2022: 2,31% 2023: 2,50% 2024: 2,98% 2025: 3,08%
Vamos aguardar com calma essa autonomia.
Em São Paulo, a USP é autônoma, dentro de um estado com muito mais recursos que o RN.
Todos os anos vemos a USP pedir dinheiro ao governo estadual alegando que o repasse do ICMS não está sendo suficiente.
Imagine no RN que tem a economia muito menor que São Paulo.
No 1o reajuste de salários pode faltar dinheiro.
Oportunista esse prefeito de Mossoró , pq ele está na foto é colocando a mão ? O que ele fez pra a autonomia da uern ?