25 de abril de 2024
Política

CAÇA AOS POKÉMONS DO PT

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A moda foi passageira mas deixou  lições que podem ser aplicadas em outras atividades.

Quando foi transformado em joguinho de celular, o Pokémon virou coqueluche.

Em todo  o mundo, as pessoas deixavam de fazer qualquer coisa para se aventurarem pelas ruas na busca  dos bichinhos que apareciam nas telas dos smartphones.

Foram relatatos acidentes com jogadores que arriscavam a vida em lugares perigosos e de jovens que tiveram necessidade de tratamento psicológico para se livrarem do vício.

Sem aviso prévio e nenhum outro fato que explicasse, os monstrinhos desapareceram de vez.

Ninguém consegue mais encontrá-los.

Ninguém os procura mais.

A mania não durou três anos.

Fenômeno semelhante está ocorrendo com o Partido dos Trabalhadores, 30 anos depois de sua fundação.

Desde então,  foram várias as versões no jogo político. Desde a origem no movimento sindical até a soltura do seu líder, primeiro e maior.

Entre os dois pontos desta linha tortuosa, as conquistas  coroadas por quatro eleições sucessivas de presidentes da república, o fez, o maior partido do Ocidente.

Ainda sem explicação o sumiço da sua antes tão presente militância.

Oportunidade para que o mistério seja desvendado, maior não há que a transformação da caçada,  em um joguinho Pokémon.

A dica é começar procurando pelos tradicionais locais onde sempre foram encontrados facilmente. Mas não adianta insistir nas portas das fábricas. Sem greves, não se consegue tirá-los dos empregos garantidos em negociações que incluíram inacreditáveis reduções salariais.

Um caçador tem ficado na espreita há mais de cinco sextas-feiras seguidas, às 4 da tarde, na frente do IFERN  e ainda não viu nenhuma estrelinha vermelha cruzar a rua para iniciar uma passeata na esquina do Midway.

Quem ficou esperando capturá-los às dúzias na chegada na árvore de Mirassol também nada encontrou.

Com as aulas à distância, a universidade não é mais o ninho onde se reproduziam em seminários, simpósios, instalações e performances.

De nada adiantou a liberdade do chefe maior. As bases estão se dissolvendo e as previsões não animam.

Há quem diga que os poucos que ainda se consegue encontrar estão confortavelmente aboletados nas giroflexes das repartições públicas estaduais.

Nos Correios e nas representações dos ministérios, vez por outra, um cai na rede.

Desbotados, o vermelho substituído por verde-oliva, a  estrela virando insígnia de ombro, dificultam a identificação.

Ainda mais que a barba e as cabeleiras das mulheres (as duas, assanhadas) deixaram de ser de uso exclusivo.

Nesta eleição até nos rincões mais preservados, as espécimes desapareceram.

Acreditam os observadores, por ter havido mudanças na ração, os bichinhos estão na muda.

Agora são outros 600.

Raras têm sido as ocorrências nesta fase de pesquisas.

A tendência é que poucos cheguem ao final. Se bem que uma grande parte, em tons mais pastéis, estejam se abrigando em outros partidos, disfarçados. E podem voltar.

O comentário geral é que a governadora está uma arara.

Vai convocar uma reunião plenária para tirar uma comissão para em grupo de estudos, ver se esclarecem  este mistério.

O enigma do francês.

Esses 2%.

De onde  ele não sai,  nem prometendo, de graça, ônibus movido a vento.

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One thought on “CAÇA AOS POKÉMONS DO PT

  • Geraldo Batista de Araújo

    Não sou espírita, embora respeite os espíritas, geralmente muito caridosos. Mas parece que baixou o espírito de Rubem Braga no nosso urologista. Seus “textículos” são prazeroso de se ler. Mesmo não “gostando” do modo como ele examina os clientes, confio segamente em sua arte de curar.

    Resposta

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