17 de abril de 2024
CoronavírusPolítica

CANDIDATOS CONFINADOS

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Em comum, as experiências de presidentes de clubes de futebol e as conquistas inesperadas das prefeituras de suas capitais.

O engenheiro civil que nunca havia participado de uma disputa eleitoral, foi escolhido prefeito de Belo Horizonte, surfando a onda da nova política.

O médico e político profissional que para se manter com mandato, foi candidato a  vice-prefeito na cidade que nunca havia sido domicílio eleitoral, assumiu a vaga do titular que saiu mal de uma bola dividida que poucos acreditavam que disputasse.

Ambos com desempenho bem avaliado no embate à pandemia, se apresentam para reeleição em partidos diversos dos que os elegeram.

Se havia algumas semelhanças, o início da campanha mostra comportamentos muito diferentes na largada da caça aos votos.

Fazendo jus ao título honorífico nunca assumido, o Coronel do Seridó apresenta-se disciplinado.  Seguidor de normas, regulamentos e condutas.

Em ordem do dia, não deixa dúvidas quem é o dono da bola e maestro da bandinha de forró.

Ancorado na credibilidade do Comitê Científico que também preside e no sucesso do uso da Ivermectina, prevendo uma segunda onda de contaminação, quer restringir  a movimentação dos concorrentes nas vias e lugares públicos.

Os sem tempo no horário eleitoral só contariam com as réplicas e tréplicas dos debates (que não vão mais promover), para se fazerem conhecidos.

E a selva das redes sociais infestada de robôs e fakenews.

Quem quiser seguir à risca o decreto municipal vai ter que cumprimentar o potencial eleitor, de mãos postas e um leve reclinado de cabeça.

Em sânscrito e do outro lado da rua.

Nemastê.

O matreiro mineiro, com menos concorrentes e mais folga nas pesquisas, continua trabalhando em silêncio ensurdecedor.

Não compareceu ao primeiro debate.

E não viajou.

Como os traços de audiência dos poucos que ficaram assistindo até tarde, confessou ter cochilado no sofá.

A conta da ausência mandou para as regras da TV que não contemplavam os cuidados de prevenção que vem tomando.

E já anunciou que não sairá às ruas pedindo votos nem fará qualquer movimentação em público.

Como a política continua  igual  às nuvens de Magalhães Pinto, somente o tempo e as novas pesquisas irão mostrar se as estratégias anunciadas resistem à reta final da  campanha.

Então,  poderemos saber se a pandemia também vai mudar o jeito de se fazer política.

E se sentiremos falta das musiquinhas-chicletes dos carros de som.

Me ajude!

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