23 de abril de 2024
Política

CANETA AZUL

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Como previsto, o sucesso do cantor e compositor piauiense foi meteórico.

Manuel Gomes bem que tenta emplacar outros hits nas paradas das redes sociais, sem o mesmo êxito.

Já o Presidente Bolsonaro, segue fiel à esferográfica.

Parece ter encontrado substituta à altura para a que assinou o termo de posse e depois jogou fora, chateado com Emmanuel Macron.

Só não tem mais é marca definida.

Agora, usa qualquer uma. Desde que emprestada pela turma do Centrão.


(Publicação original em 01/09/2019)


CANETADAS

Quando se pensa que não tem nada mais pra acontecer, uma surpresa.

Quem diria que nosso capitao-presidente é homem de letras?

Não fica um segundo sem pegar na pena.

Desde os tempos de aspirante, orgulha-se de não alimentar vaidades tolas.            

Nunca teve uma Parker 51. Muito menos Montblanc.

Fiel à mesma marca que de tão popular, imaginava ser brasileira.

Se fosse no  máximo argentina, até  dava pra aceitar. Mercosul é diferente.

Mas da Macronlândia, não tem jeito.

Jogou no primeiro cesto de lixo que encontrou, uma cristal, com meia carga e tampa  roída. Do estresse que o maridão daquela Madama Brigitte provocou só por conta das queimadas, menos perigosas que as deles que matam gente todo ano.

Não fossem esses rolos todos,  quem iria saber que a caneta Bic que o acompanhava do lado esquerdo do peito era francesa.

Foi preciso que o embaixador do Eliseu mostrasse o que é fairplay  ao lembrar que a fábrica que emprega tantos índios manauaras é  uma joint venture com uma  tribo gaulesa.

Presença estrangeira na Amazônia há décadas. Co-existência ordeira e pacífica.

O intrépido escriba tratou logo de divulgar que estava se divorciando  pra engatar um novo casamento com outra marca de caneta.

De papel passado.                   

Quando soube da separação litigiosa, Angela Merkel ligou oferecendo uma caixa de Johann Faber.

Apesar de conhecer a qualidade teuta desde os tempos do lápis de ponta que usou na  escolinha de Glicério, recusou o presente, como fez com os milhões de euros do G7  para o Fundo Amazônia.

Daqui pra frente tudo tem que ser genuinamente brasileiro.

Até pão francês e torta alemã, (muito menos floresta negra) não entram mais no Alvorada.

Caiu de amores pela Compactor. Parecidíssima.

Foi logo dizendo que a nova paixão era brasileira, morena, raiz, da baixada, de Nova Iguaçu. E que dá emprego aos paraíbas há mais de 60 anos.

Quando descobrir que é também germânica, dos galegos que chegaram depois de terem perdido a guerra, não se sabe se vai manter o noivado. É preciso consultar Bibi.

Parece que esta área é toda dominada pelo pessoal de fora.

Uma outra opção, a Mercur tem a mesma origem teutônica mas a família proprietária já está enraizada no sul há quase cem anos.

Vale pelo menos um test drive.

Pra ver se não faz calo e se tem uma boa pegada entre o indicador e o polegar.

Um problema desta dimensão deve ser tratado com absoluta prioridade.  As reformas estão vindo aí e vão precisar do chamegão.

Coisa para o Gabinete de Segurança Institucional desenrolar.

Um presidente merece mais que uma esferográfica.

Uma micro câmera caneta espiã,  com filmadora profissional e controle remoto. Israelense.

Tem pra vender por 40 reais no Mercadão de Madureira.

Tão original quanto o ching ling que marca as horas no pulso do mito.

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