19 de abril de 2024
ComunicaçãoCultura

POESIA DE LEITOR

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Todo aprendiz de cronista tem de ir aonde o leitor está.

Em atenção e respeito aos puritanos, um aviso preambular:

O que vai ser lido a seguir, pode não ser recomendado para  pessoas sensíveis a palavreado chulo.

Contém poesia.

Fescenina.

Legado dos etruscos aos romanos, deve ter feito muito sucesso para ser considerada ao lado das letras do alfabeto e dos numerais, as tradições mais marcantes deixadas pelos antigos habitantes da Toscana.

Fora os brunellos di  montalcino e outras maravilhas engarrafadas.

O estilo que resiste às censuras, pelo conteúdo provocativo e escandaloso, tem se adaptado  aos tempos e costumes, sempre conservando o que o faz único.

Obsceno, libidinoso, lascivo, lúbrico e erótico.

Ainda dá tempo para os recatados se encaminharem a outra leitura mais comportada e asséptica.

Aos que optam seguir para ver onde chegaremos, a convicção de não estarmos sós.

Muitos gostam.

Muitos irão até o final, para reclamar depois.

Esta arte considerada grosseira e sem modos,  adaptou-se bem aos ares e às terras potiguares.

Cultivada no vale mais fértil, pode ser bem representada  na obra  de um dos  seus poetas mais sarcásticos, Renato Caldas:

Talvez não tivesse cheiro,

Servia de brilhantina.

Ninguém cagava em latrina

Se merda fosse dinheiro.

Todo mundo era banqueiro!

Sanitário era baú,

Porém aqui no Assu,

A terra do interesse,

Se tal coisa acontecesse

Pobre nascia sem cu.

O leitor missivista que permanece no precavido anonimato, por absoluta falta de autorização explícita para publicação, se apresenta e revela o motivo que deu mote para sua inspiração e oportunidade ao poético  textículo do dia.

Com os meus 78 anos vividos, iniciação aos 13  na putaria do cabaré Chapéu Cagado, de Cruzeta, ainda me escandalizam os ensinamentos atuais vistos, com força, nos apelos da internet.

A masturbação feminina é objeto de todo ensinamento.

Com textos e fotos liberados a todos e todas, independente da idade.

Fiquei imaginando uma velhinha, na esquina da minha rua, com um falo postiço enorme, no momento do gozo.

Não sei se faz bem à saúde dela. Talvez muito bem.

Pela munganga facial e os gritinhos de prazer que emitia, ela estava aprendendo que homem, hoje, é desnecessário.

Daí, a matéria-prima e motivacão para seus versos malditos.

A masturbação hoje em dia
tem provocado alegria.

Vi a veinha gozar
na esquina da minha rua

A danada geme, nua

-Bote mais, Dr. Oscar.

Por favor, não me perguntem quem é o Dr. Oscar.            

Nem digam que não avisei.

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