CERTOS ERROS
No ministério, ninguém é mais incompreendido. E criticado.
Por ser transparente em atos de ofício, comunicativo, humorado (às vezes bem, às vezes mal), tem levado bordoadas de todo lado.
Muito mais do esquerdo.
De silvícolas e de gentios.
De baianos e paraíbas.
Gosta de simplificar e vai direto ao assunto. Sem arrodeios.
Dá show e choca.
Implicam com ele por pura ignorância e desconhecimento dos mais eficientes métodos de ensino e aprendizagem.
Nenhum psicopedagogo deu-se ainda ao trabalho de analisar, friamente, sem radicalismo, os chamados erros crassos do Ministro.
Antes de mais nada, é razoável pensar que a ilustre autoridade use, ela própria, um smartphone para postar tijolaços (maciços) nas redes sociais.
E que seu equipamento seja de razoável qualidade chinesa e de boa procedência paraguaia.
Portanto, faz-se acompanhar de um decente corretor gráfico.
Premissas aceitas, só resta imaginar o trabalho que dá, escrever de jeito tão peculiar e original.
Mitigar erros ortográficos nas redes sociais é função nobre e requer perseverança e criatividade.
Autoridades flagradas em falhas gramaticais ou erros ortográficos deveriam seguir o exemplo do estóico educador.
Nunca apagar o que escreveu.
Deixar que o deslize, ou engano, viralize. Vire meme.
Assim todos acabam aprendendo o correto.
Para cada palavra errada permanecer no texto, é uma batalha. A gente escreve de uma forma e o p…. do visor mostra diferente. São necessárias várias tentativas para acertar a errada e errar a certa.
Não se sabe onde a nossa excelência arranja tempo para fazer isso, com tantos petistas ainda por demitir e quantas portarias dos governos petistas a revogar.
Na concordância verbal, só algum pós-graduado que tenha todo o tempo pela bolsa cancelada, pode explicar o ainda desconhecido método empregado.
Um jornalão, desses que não entram mais no Alvorada, trombeteou o c em imprecionante, numa tuitada entre amigos e deixou de se impressionar com a mistureba do seu com o ti no mesmo parágrafo.
Ninguém tem dado conta que ao errar, de propósito, a grafia dos vocábulos, consegue tanta visibilidade que depois não restarão dúvidas da forma escorreita de escrever.
Assim, todos aprendem.
Quem, além dos grevistas recalcitrantes, ainda insiste em escrever paralisação com z e suspensão com cedilha ?
Mérito do Ministro. Palmas pra ele.
Se quem corrige um erro, acerta duas vezes; quem deixa rolar, acerta três.
Aprender errando.
Aprender com os erros dos outros.
Vivendo, errando e aprendendo.
Aquele que nunca usou do método, que atire a primeira gramática do Profº Napoleão Mendes de Almeida.