20 de abril de 2024
CIÊNCIACoronavírus

CIÊNCIA EM DESENCANTO

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O Alquimista Descobrindo o Fósforo (1771) – Joseph Wright – Museu e Galeria de Arte de Derby, Inglaterra 


A Ciência nunca negou reconhecimento e honras aos que abrem os piquetes para seu séquito passar.

Muitas vezes tarda.

Mas não falha.

Não fossem os ousados e destemidos de incompreensões, não estaríamos seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Dr. Drauzio Varela.

Lave as mãos.

Use álcool em gel.

Guarde distância.

Corra para o hospital mais próximo, quando ainda puder.

Em 1840, o Dr. Semmelweiss, na Hungria, notou que as parturientes atendidas pelas parteiras tinham menos infecções que as dos doutos cirurgiões.

As doulas atendiam exclusivamente na maternidade.

Os homens da academia faziam outros procedimentos.

Tão ocupados, não tinham tempo de passar água nas mãos.

Levou mais de meio século para a observação do doutorzinho magiar virar verdade científica aceita pelos professores-doutores.

Em 1982, um patologista desconfiou de uma bactéria sempre presente nas biópsias gástricas e passou a estudá-la junto com um colega cirurgião.

Ninguém acreditou no trabalho apresentado mesmo depois que um deles em gesto ousado, beirando a insensatez, decidiu beber um meio de cultura com Helicobacter pylori .

Demonstrou  que a inflamação gástrica tinha causa infecciosa.

Em 2005, os australianos Warren e Marshall ganharam o Prêmio Nobel de Medicina.

As cirurgias bariátricas já estavam a mil, tratando obesidade mórbida quando o Professor Walter Pories apresentou sua tese que a incurável Diabetes tipo 2 escafedia-se com a técnica cirúrgica que empregava.

Ouviu muito xingamento de charlatão e enganador.

Hoje, ex-gordos também não precisam tomar remédios para pressão alta.

A academia sueca  está em débito com o abnegado cirurgião da Carolina do Norte. Ele merece a mais honrosa distinção.

Foi preciso que o cirurgião cardiovascular francês Ronald Virag injetasse no próprio pênis, um mililitro de papaverina para que os urologistas reunidos em congresso, acreditassem que a velha e conhecida droga vasodilatadora poderia ser a solução  mais procurada pelos disfuncionantes sexuais.

Em homenagem da indústria farmacêutica, Virag virou Viagra.

E o mundo todo, ficou azul de alegria.

Se não fosse um pouco destabanado e descuidado com a limpeza do laboratório, o Dr. Alexander Fleming não teria descoberto a penicilina.

Mas isso é outra história.

Serendipity.

Eu queria mesmo era falar de remédio pra piolho.

***

N. do R.

Este texto, publicado em 12/08/2020, é sobre um medicamento, cujo nome não apareceu e prossegue sob censura do establishment, mas continua sendo prescrito para os vacinados, quando apresentam os primeiros sintomas da doença que teima em voltar com outros disfarces.

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Filósofo Dando uma Aula no Planetário (1766) – Joseph Wright – Museu e Galeria de Arte de Derby, Inglaterra

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