CORONAPRIMA

Com as atenções concentradas em único assunto, começam a circular as estórias do que vem acontecendo ou, a depender da imaginação, pode vir a acontecer,  na primeira pandemia de  pavor, em escala mundial.

O que nunca antes, neste país, nem na guerra, nem nas ameaças de bomba atômica, provocou tanto medo.
Que alguns creem, acima de tudo e de todos, Ele nos protege.

Já se tem muito o que contar.                                      Do que se fez, viu, leu ou imaginou.

Começa pelos comentários de ter encontrado os primeiros paramentados para cirurgia, na fila da padaria.

Outra, na festa de aniversário de criança.

A tia-avó desperdiçou  uma razoável desculpa para justificar a ausência. Mas deu motivo para ser perguntada (e invejada) se acabara de chegar da Itália.               

– Da Toscana.
Para ser mais enolicamente correta.

E servir de idéia e tema original para os próximos convescotes familiares.

Com a dificuldade de serem encontrados os equipamentos de proteção, avisa-se aos convidados que presentes estão dispensados. Aceitos, de bom grado, máscaras cirúrgicas. E álcool gel.

Ou para sugestão de novos trajes, mais seguros que o esporte fino.  Avental, gorro, propés e máscara. Descartáveis.

A notícia mais curiosa e excitante vem de Valência e já andou meio mundo.                          

Despertou enorme curiosidade nas redes sociais, viralizando geral.                                                            Ao ponto de levar muitos a pedir que blogs, jornais e TVs acompanhassem o caso.

Quem não iria se interessar pelo drama de 86 clientes de um bordel, de incrível nome, La Floresta Negra (o mesmo da mais famosa sobremesa da costa mediterrânea), em quarentena depois que uma das mocinhas semi-internas foi testada positiva para o coronavírus.

A matéria também computa os 33 funcionários do estabelecimento de lazer. Gerentes, garçons, DJ, camareiras, leões de chácara.

A imaginação nestes casos, voa livre. Alguns pensarão não haver melhor lugar e companhias, para férias compulsórias, na base do 0-800, de 14 dias.

Outros, se tivessem a ventura, mesmo sem  nenhuma saudade do trabalho, cuidariam de organizar todas as atividades, incluídas as sexuais, em planilhas de Excel.

O relato só começa a dar sinais de inconsistência veraz ao contar que a esposa de um dos desaparecidos,  conseguiu furar o bloqueio policial. E foi impedida de sair.

Ficou a dúvida, se houve adaptação da madame ao ambiente de luzes vermelhas, ou se a Dona Encrenca armou arranca rabo lá dentro.

Só os mais ingênuos acreditaram que um drone tenha sido usado para introduzir no puticlub,  preservativos de variados sabores.

Caso os isolados resolvessem continuar o jogo  que foram disputar na Arena do Amor Sincero.

Que futebol que nada.

Chingar.

*Insultar, sem X , na língua de Cervantes, é muito mais que meia dúzia de impropérios.

O mesmo que desejam para ministros das cortes e congressistas lulopetistas, quem às ruas for, no dia 15.

A mentira de calças curtas só ganhou status de fakenews porque os mesmos sites que a divulgaram, tiveram de admitir que tudo não passava de bulo.

Difícil é alguém acreditar na mais recente manchete que se verdadeira, deixaria cabelos em pé.                 E a cosita, caidaça.

“Una mujer se contagia de Coronavirus con un Satisfayer comprado en Aliexpress.”