CPI do vazamento de óleo no Nordeste morre na praia
Motivo: os deputados não votaram em plenário até terça-feira a prorrogação da comissão, ultrapassando assim a data-limite determinada pelo regimento da Câmara.
No dia 25 de março, os integrantes da CPI chegaram a aprovar a renovação dos trabalhos do grupo por 60 dias em uma reunião virtual. Mas sem a aprovação de todos os parlamentares da Casa ou de uma prorrogação que o presidente Arthur Lira poderia ter aprovado, porém, a votação foi em vão.
A CPI não foi adiante por manobras do governo Bolsonaro, que articulou e conseguiu matar a CPI. O governo não queria que um relatório que mostrasse as omissões na resposta ao acidente.
A CPI terminou sem que diversas audiências previstas chegassem sequer a ser realizadas. E sem relatório final.Objeto de investigação da CPI, o derramamento de óleo no litoral nordestino aconteceu em julho de 2019, é considerado o maior desastre ambiental já registrado na costa brasileira.
Foram atingidos 11 estados e mais de mil localidades, durante 8 meses, sem que seus responsáveis tenham sido identificados. A questão das indenizações dos pescadores artesanais e outros atingidos não foi resolvida até hoje.
TL COMENTAO Rio Grande do Norte foi um dos primeiros estados atingidos pelo óleo.
Foi aqui também que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram a Operação Mácula com direito a busca a apreensão na Lachmann Agência Marítima, que seria representante do navio Bouboulina – navio grego suspeito de derramar ou vazar o óleo que atingiu o litoral nordestino.
Nada provado. Apenas descartado sem novos responsáveis apontados.
A Assembleia Legislativa do RN também foi palco de Audiência Publica com presença de autoridades da investigação, parlamentares federais e estaduais.
E? Nada.
A CPI naufragou sem uma palavra sequer. Nem para dizer adeus ou desculpas.
Era apenas para constar. Era para aparecer. Esse povo não gosta de trabalhar sério, gosta de holofote.