Danuza Leão deixa o Globo sem despedidas
Quem avisa é editora do caderno Ela de O Globo,Marina Caruso:
“Pensei em várias formas de começar este editorial, mas a mais verdadeira delas é: depois de 101 domingos, Danuza Leão decidiu publicar sua última coluna na revista ELA esta semana.
Já faz alguns meses que ela tem me dito que quer curtir mais a vida, os amigos e as viagens, sem deadlines ou temas na cabeça. Como sou sua leitora voraz desde “Quase tudo”, livro de memórias que lançou em 2005, fiz
o que pude para demovê-la da ideia.
Mas não teve jeito: assim que eu entendi que Danuza queria parar de escrever, ganhei uma amiga e perdi uma colunista. “Sem drama, Marina”, disse ela, em uma das nossas últimas conversas. “Não consegui escrever.
Nada em tom de despedida. É que eu não sou mesmo de despedidas, e tenho esse horrível defeito de
só conseguir escrever sobre o que vem de dentro de mim. Sorry, tá?”.
Sorry não, obrigada! Em um mundo onde uma infinidade de gente finge pensar o que nunca pensou
só para poder “lacrar” nas redes sociais, acho louvável quem continua falando com o coração.”
TL COMENTA: E a gente fia como? Com saudade, né? escrevendo para compartilhar o desapontamento. Danuza é daquelas que tem sua legião de leitores, admiradores, seguidores … não. A musa não se rendeu à febre das redes sociais. Taí talvez o vazio maior. Onde, quando e como encontrá-la? Na última coluna, nada de adeus. Mais uma crônica sobre dilemans femininos, daquelas que pensamos ser todas ela a grande protagonista. Diz o título “Sem Passado”. Pura ironia essa tal de Danuza…
Tem um texto de Danusa, a época na Folha de São Paulo, extraordinário, OS MUITOS RICOS NÃO GARGALHAM.
Conheço apenas uma pessoa aqui na taba que leu este Texto, o grande Teofilo Furtado Neto, conhecido nas quebradas de Petrópolis (society) por Teo.
Fica a indicação