Destino da Refinaria Clara Camarão ainda é mistério
Roda Viva – Tribuna do Norte – 280221
Quando o Brasil se achava rico, nos idos de 2010, e havia resolvido instalar super refinarias (duas no Nordeste), o RN ficou fora e foi compensado com uma placa.
Em vez de Polo Industrial de Guamaré, colocou-se “Refinaria Clara Camarão”, inaugurada em 2009, com capacidade de refino de 30 mil barris (as refinarias anunciadas tinham capacidade de 500 mil barris), e foram anunciados novos investimentos de U$ 1.8 bilhão, na “Clara Camarão”.
Quando o Brasil caiu na real e entendeu que a Petrobras era a empresa com maior endividamento no mundo, se falou pela primeira vez, em em 2019, em vender a Clara Camarão, no meio de 26 campos terrestres de petróleo e de águas rasas.
Os campos foram vendidos, mas a Clara Camarão ficou fora, como estava agora quando a Petrobrás anunciou a venda de todas as suas refinarias.
O Senador Jean Paul Prates, que preside uma comissão específica do Senado, provocou o assunto, mesmo a Clara Camarão não estando na lista anunciada de refinarias a venda.
Desde que se começou a falar nessa venda, o RN teve um único ganho, uma nova palavra no seu universo vocabular: MONOPSÔNIO – uma forma de mercado com apenas “um comprador para atender a todos os fornecedores”.