18 de abril de 2024
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DUPLO 11 DE SETEMBRO

 

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Os ataques terroristas que derrubaram  quatro aviões e edifícios símbolos da pujança do país mais poderoso de todos, completam 19 anos.

As contadas 2996 mortes foram multiplicadas por dez, somente na cidade de Nova Iorque, comparadas com as vítimas da pandemia 2020.

A dimensão da tragédia ainda em curso não pode ser confrontada com a outra que serviu para recrudescer ódios e guerras em terras distantes.

Agora,  a retomada da normalidade deverá trazer avanços na medicina, novos hábitos, modelos de trabalho à distância  e um imenso desafio.

Como recuperar o tempo de aprendizagem das crianças e jovens em formação.


    (Publicação original em 11/09/2019)


GOL DE NÚMERO

Craque,  com a bola no pé, era um fenômeno nas quadras. Quando migrou para os gramados foi logo aclamado como ídolo do time que voltava ao campeonato depois de uma longa ausência.

Um pouco mais velho que seus colegas do Colégio Marista, não conseguia acompanhar o ritmo dos CDFs da quarta série ginasial.

Motivo era o que não faltava.

Atleta semi-profissional, tinha as obrigações dos treinamentos e frequentes viagens com a equipe.

Ainda dividia o tempo reservado aos estudos com a agenda social  de quem, muito jovem, já ganhava um bom dinheiro.

E ainda tinha  o Fuscão que era mesmo pra desfilar (e ser invejado), nas tardes do Ky Show.

Já sabia que não tinha futuro acadêmico no colégio mais puxado da cidade. Esperava só terminar o ano para se transferir pra outro, de preferência, algum PP. Pague & Passe.

Correndo o risco de  ser reprovado em matemática, foi para a prova final, precisando de uma nota quase inalcançável.

A menos se contasse com a solidariedade dos colegas, fãs do esporte britânico.

Estratégia minuciosamente estudada. Só havia uma possibilidade. Alguém capaz de responder os quesitos com tanta rapidez, que fizesse duas provas em uma.  Além de dar um jeito de trocar a preenchida pela do artilheiro, em branco, sem ser notado pelo mestre.

O Prof° João Faustino confessou que a pontuação do aluno mais famoso foi uma grande surpresa. Que ficou de olho, atento o tempo todo, não se descuidou um instante sequer e nada percebeu que comprometesse a lisura da avaliação.

Na divulgação do resultado, reconheceu a culpa pela falha na vigilância e assumiu as consequências.

Não tinha como alguém ter aprendido nas vésperas  o que não teve tempo de fazer durante o ano todo.

A aprovação estava garantida mas queria saber pelo menos  uma coisa.

Qual o método empregado na cola.

Dos ex-alunos,  conquistou os votos nas eleições que disputou mas nunca a confissão do crime já prescrito.

Com a camisa 9, Assis continuou acertando, com precisão matemática,  as redes adversárias, nos muitos gols do alvirrubro da Rodrigues Alves.

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América F C – Campeão potiguar, 1967

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