E ASSIM SE PASSARAM 3 ANOS
O terceiro aniversário da eleição presidencial é motivo para reflexão.
Era isto o que se esperava da mudança que estava só começando?
Nem a mais fértil imaginação poderia ter previsto, uma pandemia no meio do caminho.
Tinha também um auxílio emergencial, que durou pouco e não virou a cabeça dos mais necessitados
E um presidente que faz tudo para chegar ao Carnaval, brincando no bloco do eu sozinho.
Nos idos, estávamos votando na primeira rodada das eleições presidenciais.
Apesar do vasto leque de opções e candidatos de todo tipo, pra todos os gostos, um afunilamento antecipado entre extremos se repetiu na batalha final, quarenta dias depois.
O Facebook não deixa no esquecimento o que a memória teima em não lembrar.
É tempo de recordar o que nem parece, aconteceu há apenas, mil dias.
Nada melhor que a própria declaração de voto, postado nas redes sociais, na véspera, na noite dos tambores silenciosos, como uma satisfação aos amigos e seguidores.
Um vaticínio, habeas corpus preventivo para tudo que poderia ter acontecido. E aconteceu.
Agora, o voto anti-PT tem uma única jogada possível. Temos que passar a bola para Bolsonaro, a última alternativa.
Só resta ele, o último homem.
O Capitão, ou a quinta eleição seguida da petralhada.
Quantos eleitores não votaram com o único argumento e a chance solitária da saudável alternância do poder?
O recado claro que somente com apoiadores extremistas não teria construído a vitória, e a expectativa de um governo centrado, conciliador, não foi ouvido.
No começo da última fatia desta pizza que não pode ter bis, o tempo manda lembranças.
A inebriação pelo poder, os garotos numerados, o que se disse no passado, concessões, oposição. Eram inevitáveis.
O necessário equilíbrio, se não fosse o eleito evangélico, valeria até ser pedido ao divino com intercessão de Nossa Senhora dos Impossíveis
A sinofobia não deixou que a sabedoria oriental saciasse a sede cívica de equilíbrio e sensatez:
Deus deu ao homem dois ouvidos, dois olhos e uma boca, para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.
Em menos de um ano, o país sequelado pelos efeitos da tragédia sanitária e econômica, precisa encontrar, com ética e moral, os caminhos da reconciliação.
Com ele mesmo.