19 de abril de 2024
Política

E ASSIM SE PASSARAM 3 ANOS

 

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Lézio Júnior, revista IstoÉ


O terceiro aniversário da eleição presidencial é motivo para reflexão.

Era isto o que se esperava da mudança que estava só começando?

Nem a mais fértil imaginação poderia ter previsto, uma pandemia no meio do caminho.

Tinha também um auxílio emergencial, que durou pouco e não virou a cabeça dos mais necessitados

E um presidente que faz tudo para  chegar ao Carnaval, brincando no  bloco do eu sozinho.

Nos idos, estávamos votando na primeira rodada das eleições presidenciais.

Apesar do vasto leque de opções e candidatos de todo tipo,  pra todos os gostos, um afunilamento antecipado entre extremos se repetiu na batalha final, quarenta dias depois.

O Facebook não deixa no esquecimento o que a memória teima em não lembrar.

É tempo de recordar o que nem parece, aconteceu há  apenas, mil dias.

Nada melhor que a própria declaração de voto, postado nas redes sociais, na véspera, na noite dos tambores silenciosos,  como uma satisfação aos amigos e seguidores.

Um vaticínio,  habeas corpus preventivo para tudo que poderia ter acontecido. E aconteceu.

     Agora, o voto anti-PT tem uma única jogada possível. Temos que passar  a bola para Bolsonaro, a última alternativa.

Só resta ele, o último homem.

O Capitão, ou a quinta eleição seguida da petralhada.

Quantos eleitores não votaram com o único argumento e a chance  solitária da  saudável alternância do poder?

O recado claro que somente com apoiadores extremistas não teria construído a vitória, e a expectativa de um governo centrado, conciliador, não foi ouvido.

No começo da  última fatia desta pizza que não pode ter bis, o  tempo manda lembranças.

A inebriação pelo poder, os garotos numerados, o que se disse no passado, concessões, oposição. Eram inevitáveis.

O necessário equilíbrio, se não fosse o eleito evangélico, valeria até ser pedido ao divino com intercessão de Nossa Senhora dos Impossíveis

A sinofobia não deixou que a sabedoria oriental saciasse a sede cívica de equilíbrio e sensatez:

       Deus deu ao homem dois ouvidos, dois olhos e uma boca, para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.

Em menos de um ano, o país sequelado pelos efeitos da tragédia sanitária e econômica, precisa encontrar, com ética e moral, os caminhos da reconciliação.

Com ele mesmo.

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