EFEITOS COLATERAIS
O que seria da ciência farmacêutica se não houvesse em suas pesquisas, resultados não esperados.
A começar pelo bolor do Sir Alexander Fleming, o acidente que virou o maior case da indústria de medicamentos.
Sem o imponderável, o remédio mais usado no mundo, depois do AAS, continuaria mais um anti-hipertensivo e a geração de velhinhos, sem o milagre azul.
A pandemia tem seus efeitos colaterais benéficos.
Pode mudar completamente o esporte e a maneira de assistí-lo.
O futebol sem plateia até perde um pouco do entusiasmo mas acabam muitos desperdícios.
Ingressos ficarão mais baratos, o trânsito menos infernal, vagas de estacionamento aparecerão, as torcidas organizadas briguentas serão extintas, como também, as encrencas das patroas.
Isso sem contar com o superfaturamento na construção dos estádios.
(Publicação original em 17/06/2019)
SOS FUTEBOL CLUBE
A depender das engenhocas eletrônicas que ocupam telas de TV e aceiros dos gramados nos campeonatos mais baludos, nem Deus teria sido poupado.
E não estaríamos recordando agora um dos gols mais famosos do futebol.
Quando usou Dieguito como cavalo para marcar o tento inesquecível da Copa de 86, Dios fez de mão.
Se quisesse diferente, teria soprado nas bochechas do apitador. Afinal, Ele está em todos os campos, a tudo vê e nunca falha.
A tecnologia e seus arbitrários operadores estão fazendo o esporte bretão perder muito da sua graça. E polêmica. E a graça da polêmica.
A FIFA fica devendo uma explicação. Como se faz para descomemorar um pênalti ou gol marcados. Mandar de volta pra dentro dos pulmões, o grito de alegria. Ou o impropério da revolta.
A quem interessa acabar com os juízes-ladrões e suas queridas genitoras?
Agora, depois do silvo, o filho da mãe, pode simplesmente botar a mão na orelha, falar com seus parças e voltar atrás. E como se um FHC fosse, mandar esquecer tudo que apitou.
Resta uma última esperança para salvar o esporte-rei e a alegria dos brasileiros.
Entre tantas caneladas, uma só canetada da Bic presidencial e todos os nossos problemas esportivos estarão resolvidos. À moda tabajara.
Bastam um decreto-lei e duas twitadas.
Curtos e na linguagem franca do ungido por quem goleou pelos argentinos e está acima de todos, até da CBF:
– VAR PRA PQP.