24 de abril de 2024
Política

ENQUANTO ISSO, NO SALÃO OVAL

 

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Ainda rouco, o
Presidente Trump tem feito todo o esforço para mostrar plena recuperação da doença de que tanto havia desdenhado.

Detalhes revelados das prováveis oportunidades de contaminação e tratamento recebido, não deixam dúvidas das suas responsabilidades.

O que poderia ser feito e evitado e não têm justificativas.

As soluções simplórias, tantas vezes repetidas, não valeram pra ele e as sofisticadas, não estão acessíveis a mais gente.

Familiares e amigos enlutados estão fazendo seu julgamento e desta vez as pesquisas de intenção de votos podem ser confirmadas,  em menos  de 20 dias.

Não sobrou tempo para a convalescença.

Numa disputa sem segundo turno, com voto facultativo, confuso processo eleitoral e de apuração dos votos, a pandemia ainda não controlada é o fator que mais pesará na escolha dos indecisos e da maioria silenciosa.

Outros temas tão eletrizantes, como a retomada econômica, eclosão do racismo latente e violência policial, abrem espaço para uma outra preocupação  adormecida.

Onde estão as novas lideranças e aqueles candidatos destemidos e impetuosos?

O país que vinha confiando seus destinos a candidatos jovens e arrojados, está diante de uma escolha madura.

Seguramente, não são mais os tempos que Kennedy inaugurou.

O retrato mais fiel da nova maneira de fazer política, mostrado na TV, direto da mais branca e exposta de todas as casas, em cenas familiares e do inquilino saudável e atlético, inacabado pela tragédia, teve continuidade nas outras eleições.

Sucedendo a três dos mais novos da galeria, Clinton, Bush Filho e Obama, Trump  não vinha causando preocupações e se mostrava perfeitamente apto a renovar o mandato aos 74 anos. Nada desmanchava seu topete nem abalava a arrogância.

Seu competidor, aos 77, neste item,  levava  desvantagem.

Ambos mostrados pelo marketing, velhotes ativos.

Em partidas de golfe, vigorosos handshakes e agilidade na hora de subir as escadas do avião.

Agora, o processo de recuperação da Covid-19 entra na agenda das campanhas e na mira do eleitor.

Onde jornais e redes de notícias declaram preferência por candidatos, o The New York Times publica matéria sobre o agravamento da senilidade nos que sobreviveram à pandemia.

O opositor, mesmo obediente às recomendações de uso de máscara e distanciamento controlado de perto pela patroa, não escapa da polêmica.

Uma incontrolável cochilada ao ouvir discurso enfadonho e um simples lapso de memória, ao pedir voto pra senador, não passam despercebidos e acendem também luzes de alerta.

É hora de reforçar a confiança, dar mais importância e de trazer para o centro do palco e holofotes, os personagens coadjuvantes.

Os republicanos, aqui também estão em curva descendente.

Até a mosca do debate percebeu.

Dos atributos da candidata a vice, mulher e negra, os democratas acrescentam, com ênfase,  os seus 55 anos de idade.

Subliminar, meu caro Biden.

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