25 de abril de 2024
Recorte de Jornal

“Evo fuera” começou com referendo de 2016

A woman holds a sign reading 'Evo out' during a protest against Bolivia's President Evo Morales in La Paz, Bolivia November 10, 2019. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
A woman holds a sign reading ‘Evo out’ during a protest against Bolivia’s President Evo Morales in La Paz, Bolivia November 10, 2019. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

Do Globo

No rastro de uma crise iniciada com denúncias de fraude e críticas da Organização dos Estados Americanos (OEA) após sua controversa eleição, em 20 de outubro, o presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou ontem, após quase 14 anos no poder.

Os protestos contra ele se agravaram no fim de semana, com a eclosão de motins policiais e ataques a seus aliados.

Ontem, Morales chegou a convocar novas eleições, mas os comandantes das Forças Armadas e da Polícia “sugeriram” que ele deixasse o poder para “pacificar o país”.

Morales denunciou a ocorrência de golpe cívico-militar, tese rejeitada por oposicionistas e pelo presidente Jair Bolsonaro.

Entenda: A renúncia é o desfecho do pecado político cometido por Evo Morales , que ignorou resultado negativo de referendo político que ele mesmo convocou, em 2016, sobre a possibilidade de inúmeras reeleições.

A editora de Mundo, Claudia Antunes, explica que, ao contrariar a vontade popular e candidatar-se a um quarto mandato, Morales azedou ânimos da população, perdeu apoio e alimentou o sentimento de necessidade de alternância de poder. A tumultuada apuração eleitoral de outubro serviu de combustível para a crise institucional.

O que deve acontecer: Também renunciaram o vice-presidente e os presidentes das duas Casas do Legislativo federal, resultando em vacância de poder na Bolívia.

Não há clareza sobre quem está no comando do país e tampouco quais serão os próximos passos institucionais.

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