Fábio Faria diz que mesmo com menos recursos do que Marinho, acredita ser melhor candidato ao Senado
Do Estadão
A terceira via vai ser espremida nas eleições presidenciais de 2022.
De seu gabinete no segundo andar do Palácio do Planalto, o ministro das Comunicações Fábio Faria vaticina em entrevista ao Estadão o que entende ser o destino de pré-candidatos que tentam vingar como alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente favorito em pesquisas de intenção de voto.
Para Faria, deputado de quarto mandato que já apoiou o PT, o cenário de Fla-Flu é irreversível na disputa pelo Palácio do Planalto.
Nesse sentido, afirma que Ciro Gomes arrumou uma “saída honrosa” ao suspender sua pré-candidatura, em protesto pelo apoio de deputados do PDT à PEC dos precatórios – ela pode viabilizar o Auxílio Brasil, programa social substituto do Bolsa Família e trunfo eleitoral de Bolsonaro.
Também garante que a filiação de Sergio Moro ao Podemos não vai ameaçar o presidente. “Onde ele estava nesse último ano, quando estávamos com pandemia, as pessoas morrendo. Moro foi para os Estados Unidos, foi embora, abandonou o País”, diz Faria.
SOBRE A DISPUTA COM ROGÉRIO MARINHO
Até quando a disputa entre o senhor e o ministro Rogério Marinho sobre quem será o candidato de Bolsonaro ao Senado no Rio Grande do Norte permanecerá silenciosa?
O senhor não se vê em desvantagem pelo fato de ele despejar recursos no Estado, distribuir tratores, cisternas e ter muito mais dinheiro no Desenvolvimento Regional?
A vantagem é boa para o Rio Grande do Norte que está recebendo investimentos, não sou contra ele mandar nada para o Estado. Também tenho feito o mesmo para o Brasil todo, somos ministros do Brasil, tem que ajudar todos os Estados.
Quem vai escolher isso não sou eu nem ele (Marinho), é o povo. Pelo que ouvi do presidente ele não vai se meter nesse assunto e eu e Rogério teríamos que nos entender. Eu conversei com ele (Marinho). A gente vai decidir isso em março, porque o prazo de desincompatibilização é 7 de abril. A gente jogou para frente. Quem decide e elege não é o presidente, não sou eu nem ele. Vamos ver o que a população do Rio Grande está achando para no momento certo tomar a decisão.
O critério entre o senhor e Marinho será intenção de voto em pesquisa?
Meu critério é. Se eu vir que tenho condições e tiver aval por parte do presidente, vou em frente.
É o que estou percebendo, estou achando que mesmo com menos recursos financeiros e de emendas (do que Marinho), a população tem gostado do meu trabalho.
Se continuar desse jeito vou ser candidato.
Bom para outros candidatos , esses dois nao tem meu e de boa parte dos eleitores do RN.
Que o candidato de Bolsonaro seja Fábio Faria.
Vou pegar a pipoca.