25 de abril de 2024
Coronavírus

FUTURO NO PRESENTE

6D7B2B85-9A66-4FE7-8AB9-0165100E83C1Sem vacinas, viroses comuns da infância.

Sem vacinas, altas taxas de mortalidade infantil.

Sem vacinas, conformação.

Sem vacina, pandemia politizada.

Quando não se tinha o que fazer, o conhecimento rudimentar das formas de transmissão e como evitá-la.

Ou não.

Sazonais, eram esperadas.

O preparo das inevitáveis vítimas. Investimentos na alimentação, emulsões e fortificantes.

Em tempos de novas doenças, vírus coroados, numerados, já no 19.

Olhando pela  câmera de ré, pode-se explicar a maior polêmica dos tempos de hoje.

Abrir ou não abrir.

Eis a questão em quarentena.

Sem vacina, estamos de volta aos anos sessenta.

Roberto Carlos já enlouquecia a jovem guarda, o Pagador de Promessas havia ganho a palma de ouro, o Brasil era bi-campeão.

E ninguém ainda sido vacinado contra o sarampo.

Só depois do tri e do Dr.Sabin levantar sua taça é que começou a luta contra a paralisia infantil.

Sequelados da poliomielite, faces marcadas pela varicela,  surdos de rubéola, paralisados cerebrais.

Toda família tem estórias pra contar.

Abortamentos naturais. Outros inocentes nascidos e logo enterrados.

Toda família tem estórias pra esquecer.

A sabedoria popular prescrevia a vacinação natural.

Ao saber de portador da virose em formas brandas, o contato provocado.

E a doença, frustra.

Pegar pra nunca mais ter.

Riscos assumidos. Sem polêmicas.

Laboratório in vivo, ciência aprendida nos grossos livros da tradição oral.

Pesquisadores que sabiam de imunidade sem nunca ter ouvido falar de antígenos nem de anticorpos.

Experimentos randomizados. Estudos duplo e completamente cegos.

Três gerações depois,  a longa estrada nos conduziu à  mesma  antiga encruzilhada.

Levar as crianças dos anos 30, 40, 50, 60 para onde circula o vírus ou esperar que ele venha aos seus lares e abrigos geriátricos?

Olhar para um caminhão frigorífico, na porta de hospital, ser abastecido de corpos ensacados, como fosse um enterro de anjo?

Agendar todos os doentes críticos para hospitais que já vinham com overbooking, nas mesmas datas?

71FD4506-8600-4342-BD4F-5B1668853DABApenas rezar para que os novos sabins descubram logo a vacina e que algum oswaldocruz abra as portas e os abraços de quem amamos e queremos bem?

Como os idosos dos anos 2090 (se é que ficarão velhos) contarão aos netos essa e as outras tragédias?

Eles saberão o que nós fizemos nesta pandemia.

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