Governadora diz que trabalha 24 h para combater Coronavirus no RN, mas não dá previsão de voltar à normalidade
Em entrevista ao Bom Dia RN na manhã desta terça-feira, a governadora iniciou respondendo a repórter Emmily Virgilio, que traduzia os muitos questionamentos do telespectador:
“O povo quer saber; onde anda a Governadora Fátima Bezerra?
Fátima disse que trabalhando no chamado “homeoffice“, uma vez que está no grupo de risco em razão de sua idade, mais de 60 anos. Mas disse que “vive para trabalhar no combate da doença no RN”, nunca vai dormir antes das 2 h da madrugada. E que o RN não está “colapsado”.
Antes, a reportagem da Intertv Cabugi havia mostrado o oposto; já não restam leitos de UTI na rede pública do Estado. Com a instalação dos respiradores recebidos ontem uma previsão de refresco nos próximos dias.
A Governadora aproveitou para falar na situação caótica que encontrou no Rio Grande do Norte, relembrou os salários atrasados, as UTIs fechadas, a falta de repasse do mínimo estabelecido pela Constituição para Saúde.
“Quando estávamos arrumando a casa, veio essa pandemia”.
Para ela a situação do RN ainda é melhor do que a dos vizinhos Ceará e Pernambuco. Atribui a essa situação “confortável” as medidas que tomou desde o início em relação ao Isolamento Social. Decretos, diga-se.
Sobre um novo momento para Quarentena não falou. Seguirá as recomendações do Comitê Científico; se com Lockdown ou flexibilização das medidas, não falou. Talvez por não saber mesmo. Está aguardando as determinações do Comitê Científico.
Em tempo, o Governador João Doria anunciou ontem que São Paulo segue isolamento homogêneo até 31 de maio. A partir de junho, começará uma “Quarentena inteligente”, de acordo com os números de infectados e com a capacidade de atendimento. Mas aí é outra história. É ciência + visão macro do problema.
Nunca soube que Fátima dormia cedo, antes mesmo de ser governadora. Uma boêmia, precisa da madrugada para tomar decisões.
A governadora é ausente. Não direi que não há esforço, mas desde janeiro prontos para o combate ao COVID-19, a velocidade de decisão e ação é abaixo do mínimo permitido. Exemplo: Ela disse que farão barreiras sanitárias. Ora, se lá em Mossoró um comandante quase não deixava o município fazer barreira sanitária, e isso tem mais de um mês, vemos como Fátima está atrasada.
A comunicação é ruim, na escolha do porta-voz, na forma em se comunicar, nas decisões tomadas e não tomadas. Nas expectativas geradas nos municípios, que não serão concretizadas. Não há um movimento do governo para as cidades-pólo, não há diálogo.