28 de março de 2024
Política

Governo do RN sobe o tom contra Rogério Marinho, a quem acusa de se apropriar de obras alheias em troca de votos

Rogério Marinho e Fátima Bezerra sobem o tom
A forma da nota tem o timbre e assinatura do Governo do Rio Grande do Norte. Institucional, portanto. Mas no conteúdo poderia ser lida em qualquer discurso do palanque da Governadora Fátima Bezerra. O alvo é claro com nome e sobrenomes; o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). A trégua pelo “bem maior do RN” parece ter chegado ao fim.

Os ataques do pré-candidato ao Senado foram respondidos pelo Governo com “nota à imprensa” assinada pela Assessoria de Comunicação.

O pano de fundo de hoje é a Estrada do Melão. Mas o episódio bate-boca nada amistoso parece ser o primeiro de muitos outros.

As labaredas de março estão só começando..

Abaixo a íntegra da nota. Em vermelho.

NOTA À IMPRENSA O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, dedica-se aos ataques com fins eleitoreiros bem mais do que trabalha. Há dois anos à frente do MDR — Ministério do orçamento paralelo —, só descobriu o Rio Grande do Norte há alguns meses, desde que começou a peregrinar pelo estado em busca votos. Resolveu, de forma pouco republicana, que seria mais fácil apropriar-se de projetos e obras geridas pelo Estado, ao invés de investir em outros que possam agregar à sociedade norte-rio-grandense. Rogério Simonetti precisa de projetos alheios para chamar de seu. Esta semana, sempre pelos mesmos canais e com o mesmo método, decidiu apropriar-se de mais um projeto — a rodovia RN-015, a “Estrada do Melão” —, que originalmente prevê 37 km de extensão em obras, mas que o ministro só pretende executar 10 km. De forma corriqueira, Marinho anuncia que vai executar as obras sem sequer ter oficiado o Departamento de Estradas de Rodagens do RN (DER); e pior: sem legalmente ter autorização. Atropela, habitualmente e sem escrúpulo, a ordem republicana. Desconsidera, inclusive, que existe um contrato paralisado há mais de uma década, ainda na gestão Rosalba Ciarlini, da qual Marinho fazia parte. O ministro precisa atropelar preceitos republicanos em nome de um projeto político. É sempre bom ter memória, ministro Rogério! O projeto de reforma da Estrada do Melão, que agora o senhor ministro diz ser motivo de “corpo mole” da atual gestão, já estava posto quando Marinho fazia parte da gestão Rosalba Ciarlini, da qual foi secretário de Desenvolvimento Econômico, a partir de 2012. Corpo mole? A mesma estrada da gestão anterior (2015-2018), e que à época o ministro do orçamento secreto silenciou. Marinho era gestor de uma pasta estratégica, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, na gestão Rosalba, diretamente ligada às atividades que geram riquezas e empregos. A estrada praticamente não saiu do papel. Seria mais honesto, e republicano, o ministro deixar de lado os fins eleitoreiros e fazer gestão junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para que conclua a análise do pedido de empréstimo feito pela atual gestão estadual, e de suma importância aos projetos de desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Recursos necessários à execução de obras como a Estrada do Melão. O ministro que nos últimos meses elegeu como prioridade “tomar” projetos e obras do Estado — fez isso com o Projeto Seridó, e depois com a barragem Passagem das Traíras — poderia explicar à sociedade a “lerdeza” que em três anos de gestão não executou um metro sequer de obras do ramal Apodi-Mossoró, no Projeto de Integração do Rio São Francisco, no Rio Grande do Norte. Trecho, aliás, que a atual gestão federal excluiu do PISF e demandou esforço da governadora Fátima Bezerra para trazê-lo de volta, mantendo o projeto original. Em três anos, com recursos assegurados, e talvez o “corpo mole” não tenha permitido Rogério Marinho sequer iniciar o ramal Apodi-Mossoró. Aqui, nesta gestão, não há “corpo mole”. O Governo do RN continua trabalhando para desenvolver o Estado, levando dignidade à população, trabalhando pela melhoria do povo potiguar, sem jogos de interesses pessoais ou negociatas e mediocridade que marcaram as últimas gestões, mesmo após encontrar um estado falido, atolado em dívidas e sem capacidade de investimento

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