28 de março de 2024
Governo

GRANDES FILHOS DA PÁTRIA

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A cada mudança no ministério, a máxima  do maestro Antônio Carlos Jobim fica mais que provada.

O Brasil não é para principiantes.

Nem para amadores.

Visto de fora, não há como não merecermos a fama de republiqueta de bananas.

Se não fosse assim, na matriz, o comandante do norte não estaria fazendo críticas à nossa maneira de  enfrentar a pandemia.

Logo ele, o primeiro a fechar  o diagnóstico como resfriadinho e a propagar a pajelança terapêutica do colega, capitão paraquedista dos quintais do sul.

Nenhum teledramaturgo ousaria criar tramas e personagens como os que abundam o cenário político tupinambá.

Por total escassez de verossimilhança.

Quem poderia imaginar,  uma ministra querendo impedir as meninas de vestir azul, outro, aproveitar a quarentena para passar uma boiada de iniquidades e até o sovina da Economia, torrando as reservas monetárias.

Dando dinheiro a quem precisa.

E rasgando com tantos outros que já mamam nas tetas dos cargos comissionados, sem contar os desnecessitados que têm soldos, proventos e salários garantidos?

Ninguém iria acreditar no palavreado da fatídica reunião gravada e exibida em horário nobre, em rede, com som ambiente, sem cortes nem edições.

E com o recorde do maior número de palavrões saídos da boca de um ardoroso defensor dos costumes, da moralidade e dos valores da família cristã.

De um ministro da Saúde que tenha enfrentado a Covid-19, resistindo bravamente ao cansaço, dormindo em pé, numa fala presidencial, não há registro em nenhum outro lugar.

Impossível fazer crível um juiz implacável que larga a toga e  para virar comentarista de blog, precisa fazer um estágio no Ministério da Justiça.

Uma senadora, legítima representante do Golandim, votar contra o saneamento básico, só teria vaga em roteiro de folhetim de realismo fantástico.

Não dá pra acreditar num pelotão de generais fardados de pijama, na luta do front de guerra das redes sociais, de vez em quando, lançar uma notinha-petardo que sempre dá xabu.

Sem contar os 11 magistrados que ficam aqui, livres de qualquer julgamento, tantos foram os pôrra-loucas acusados, investigados, julgados, presos e tornozeleirados. Por um deles, sozinho, monocrático.

O fim da picada ou o píncaro do pico da curva foi a demissão de um ministro, antes da posse, só porque na tese de mestrado deu uns control Cs- control Vs. Como se isso fosse grande novidade na vida acadêmica.

E alguém precisa recorrer à Argentina pra ser chamado de doutor?

Quando a economia reabrir, preste atenção no tratamento que o flanelinha dispensa aos seus clientes.

Vai uma aguinha hoje, bacharel com tese rejeitada pela banca?

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