HISTÓRIA REPETIDA
Há um ano, os mesmos personagens, menos um.
O invisível e seus efeitos.
O país parece que não vive fora das crises.
Não basta a mundial. Devastadora, pandêmica.
Temos de alimentar as próprias. O disse-me-disse. As conversas de comadres. Futricas.
É só mais uma, das muitas que virão.
Depois que a caravana fúnebre passar, continuará a cachorrada de sempre.
(Publicação original em 23/05/2019)
OLHA A CHINA AÍ, OUTRA VEZAnunciada a tragédia. Ou se Karl Marx tinha mesmo razão, a farsa.
É assim que a História se repete, da segunda vez.
Presidentes governando por bilhetinhos e pelo Twitter.
Reféns do Congresso e mais preocupados em controlar os costumes que a economia.
Há 58 anos, a renúncia era golpe para a volta nos braços do povo. E apoio dos militares.
A vassourada não varreu como planejada.
Hoje, depois de cinco meses, o mandatário já declarou que o país é ingovernável.
Vai às ruas em busca de respaldo popular. Corre o risco de confronto com os derrotados nas urnas.
Os militares, fora dos quartéis. E dentro dos palácios
E se não der certo, o Capitão também pega o beco?
Coincidência ou destino. As crises encontraram os vices em viagens à China.
No Oriente, o mesmo território e duas gerações depois, dois países diferentes.
Jango foi ao agrícola e mais fechado do mundo.
Mourão encontrou o tecnológico e maior parceiro comercial.
Parêntesis para um toque provinciano nas viagens.
O deputado Dix-Huit Rosado fez parte da comitiva de 1961. Foi testemunha da História.
No Brasil, acima de tudo, o futuro (que teima em não chegar), entregue a quem sempre pertenceu.
Deus.
Acima de todos.