24 de abril de 2024
Meio Ambiente

IDEIAS EM CHAMAS

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Floresta virgem de Mangaratiba na Província do Rio de Janeiro (1835) – Johann Moritz Rugendas – Coleção Martha e Erico Stickel / Acervo Instituto Moreira Salles


Da próxima vez, quando
Greta Thunberg estiver reclamando da COP27,  em Sharm El Sheikh, no Egito, as vilãs das mudanças climáticas ainda estarão no pasto, sendo treinadas em boas maneiras,  pelos vaqueiros formados na Socila.

Aprenderão que arrotos e puns, somente quando desgarradas do resto do rebanho.

A Ciência que parece longe da descoberta da fotossíntese para o gado da raça humana, já sabe de coisas que ruborizam os verdinhos imberbes.

Assuntos sem vez nas pautas da militância alface-sem-defensivos-agrícolas.

Todo ano a Califórnia arde em chamas.  A convivência com a previsível, periódica e inevitável tragédia e a alternância do poder,  livram democratas, republicanos e isentões de responsabilidades e culpas.

O mesmo não se pode dizer das discussões acaloradas, cheias de dedos indicadores, sobre as queimadas nas franjas da floresta, na chamada amazônia legal.

O que acontece na costa oeste norte-americana pode muito bem já ter ocorrido ao bioma da caatinga nordestina.

Alguns, e não são poucos, estudiosos das mudanças climáticas,  defendem a tese que as pastagens são menos vulneráveis na fixação do carbono que as árvores que substituíram.

Já há quem advogue que as gramíneas devem ter mais oportunidades no mercado de crédito de carbono, a longo prazo.

Acreditava-se que as florestas consumiam cerca de um quarto de todo carbono produzido pela poluição ambiental no mundo todo.

Um estudo da Universidade da Califórnia em Davis, concluiu que pastagens são sumidouros de carbono mais competentes que florestas,  na Califórnia do século XXI.

O estudo indica que até 2030, haverá uma redução  das emissões de gases de efeito estufa naquele estado. Cerca de 40% abaixo dos níveis de 1990.

As descobertas, publicadas na revista Environmental Research Letters, têm importância particular para as regiões semi-áridas, que cobrem quase metade do planeta.

As pastagens armazenam mais carbono do que florestas, porque são menos afetadas pelas secas e incêndios florestais.

Os benefícios ainda podem ser multiplicados com  uma boa gestão da terra, ajudando a melhorar a saúde do solo e a aumentar os estoques de carbono nas pastagens.

Ao contrário das matas, os prados sequestram a maior parte de seu carbono no subsolo, enquanto as grandes árvores o mantém, principalmente, em biomassa e folhas.

Quando os incêndios florestais ardem em chamas, o carbono queimado é devolvido à atmosfera.

Quando o fogo consome pradarias, o carbono fixado no subsolo tende a permanecer nas raízes, tornando-as mais adaptáveis às mudanças climáticas.

Não se pretende justificar a destruição das matas nativas pelo que representam em biodiversidade.

Basta pensar um pouquinho fora da caixa e  das ideias pré-fabricadas em tamanho único.

Ainda há tempo de preservar a espécie Bos taurus, ameaçada de extinção pelos predadores naturais. Os temíveis veganos.

Não vai ser a bufa da vaquinha que vai destruir nosso planeta azul.

 

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Vista do Rio de Janeiro nas proximidades da Igreja da Glória (1835) – Johann Moritz Rugendas – Coleção Martha e Erico Stickel /Acervo Instituto Moreira Salles
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Forêt du Brésil, Floresta brasileira (1820) – Johann Moritz Rugendas – Museu Imperial, Petrópolis

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