29 de março de 2024
Coronavírus

IMAGINÁVEL MUNDO NOVO

58512453-B726-4620-8DC5-68182737C180A crise médica, social e econômica, em curso, sem que ninguém saiba até onde vai, tem mudado pessoas, meio ambiente e a vida neste imenso grão de areia em que vivemos.

Só não há quem possa afirmar,  com segurança, se haverá mudanças no pensamento e comportamento do homem.

Este é outro universo, ainda pouco explorado e compreendido, apesar da neurolinguística.

Ou será que depois de tudo isto, volta o controle, o dito normal?

O que era aceito antes do grande espirro que veio do oriente, continuará, como sempre, igual, à espera do próximo flagelo?

O certo é que em todos os balanços parciais, já se percebem sinais que muitos terão que procurar mudanças. E outros meios de vida.

Profissões terão que ser reinventadas, outras simplesmente desaparecerão, se já não o fizeram. E não voltam.

O recolhimento sentenciou como pena, a introspecção. Sob o risco, se não cumprida, ser agravada com outra maior, a insanidade.

Distanciada, isolada.

Horizontal, vertical.

Perpendicular, tangenciada. Como for.

Universal e ubíqua.

Humana.

A vida que segue, seguirá.

Avanços já são perceptíveis.

A3B2CB85-74E6-4D12-9B47-F1CE0B41B1BFNa Medicina,que deve seus maiores enriquecimentos, às guerras e catástrofes, por estar onde sempre esteve.

Na linha de frente. No palco mundi.  Na zona do agrião.

Dos conflitos mais sanguinários surgiram soluções que salvaram muito mais que os muitos que tombaram nos campos de batalha, observações e pesquisas.

Findos os embates, não será diferente desta vez.

A telemedicina perderá a aura de impessoal e sem alma. Será aceita, despida de  preconceitos.

A prática médica ganhará em eficiência e segurança.

Ou alguém tem dúvida que em epidemias futuras, os médicos, enfermeiros e terapeutas não tratarão melhor os enfermos à distância, isolados e protegidos? Cuidadores e cuidados.

Sem equipamentos de proteção individual.         Direto dos seus home offices.

Robôs cirurgiões que já começam a operar sozinhos (com auxiliares mecatrônicos) serão seguidos por intensivistas de liga metálica, braços articulados, sensores, câmeras e visores, que cuidarão bem melhor do paciente de carne e osso, em estado crítico.

Qual a dificuldade de se fabricar equipamentos com inteligência artificial, que acompanhem os parâmetros, corrija doses, retire ou acrescente medicações?

Camas que mudem o decúbito e até higienizem os vitimados, com mais esmero  que um contemporâneo e cansativo banho no leito?

Laudos com diagnósticos conclusivos, das imagens recebidas em tempo real e contínuo.

Tudo está para acontecer. O futuro já começou. Ontem.

Máquinas alimentadas por algoritmos, histórias de vida e perspectivas de porvir saudável, produtivo e prazeiroso, em ambiente de paz, desligarão automaticamente quando a hora final chegar.

Sobreviventes, viverão um novo mundo.

Ou não?

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