25 de abril de 2024
CoronavírusPolítica

JACARÉS, LOBISOMENS E BOI TAN TAN

F4C2A808-2493-42F7-8EF4-9B03F8EF3ACE


Depois que descobriu o
Nordeste, o Presidente voltou aos índices de popularidade que o elegeram sem ter vencido em nenhum estado da região.

O inesperado fenômeno surgiu ao acaso, no rastro de destruição que a pandemia deixou e tem resistido aos seus  atabalhoados comentários.

Como em causticante seca, o auxílio emergencial aliviou a situação de muitos e salvou quem não tinha mais do que  sobreviver.

Se na vitoriosa campanha, 30% da população  foi ignorada, sem a tendência de reversão do eleitorado cativo e  fiel, agora são outros os ventos, acenos, vivas.

E seiscentos.

Para manter o patrimônio recentemente adquirido, ou continua com a ajuda mensal que vicia o cidadão, ou procura entender a alma e o pensamento dos cabeças-chatas.

Nas voltas iniciais dos ponteiros, no primeiro ministério, ninguém da região. Nenhuma viagem triunfante.

Obras que vinham em ritmo de valsa,  aceleradas, ganharam nova roupa domingueira e iguais promessas de sempre, desde que o Imperador Pedro II anunciou a venda das joias da coroa, sem que tenha encontrado comprador.

A dinâmica da política mostrou  ao incorrigível  enfant terrible que a regra de ouro para continuar dando cartas no jogo é, primeiro, sobreviver.

Mesmo que tenha que repetir o sociólogo antecessor, e sem ter escrito muita coisa, para o que falou antes da vitória, lance pedidos de esquecimento.

As tormentas e vendavais varreram do convés da errática nave, marinheiros de primeira viagem, caroneiros e até lugares-tenentes que estavam a bordo para  orientar o capitão-mor em mares traiçoeiros.

Se quiser renovar o mandato, desta vez,  não tem como desprezar paraíbas e baianos.

Povo que gosta de festa, foguetão e agrado.

Tem muita água ainda a rolar nos canais da transposição mas não custa  procurar entender o mugido da boiada.

Pegou mal dizer que todo maranhense é boiola. Alguns gostam  de coca. Outros, de coca que é fanta.

Essa estória de virar jacaré, é mais um equívoco. Pelo norte, não é questão de vacina.   acontece quando mulher cruza com mulher.

Não é bom nem falar como nascem os lobisomens. Acaba reforçando a fama que pequena, já não é.

Apesar das dificuldades de  compreensão de alguns pensamentos, versados  em carioquês, o milagre da comunicação se faz.

Identificação é o que resulta. E chamam.

Os mesmos que elegeram duas vezes a mulher e votaram no filho de Lula, não vão querer tomar a vacina sem a receita  do homem que o Brasil estava  precisando.

Cansado de repetir que não gosta do que vem da China e não acredita  no boi tan tan, Bolsonário não ficará só, pastorando o rebanho.

Para dominar geral, falta muito pouco.

Nas lives, uma singela estátua do Padim Ciço em cima da mesa, cairia bem.

E se  disser que recebeu de presente de parentes e aderentes do Ceará, da família da patroa, não tem pra ninguém.

Uma promoção de posto seria outro gol de craque, em terra de tantos coronéis que nunca sentaram praça.

O povão não entende.

Com tanto poder, que um presidente da república não tenha direito à patente de General.

Ou quem sabe, Marechal.

8FE0E56F-634B-4F71-9E4C-DBC16CAFC5BD

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *