28 de março de 2024
Coronavírus

Mais da metade da Europa pode ser infectada nos próximos 2 meses

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Uma fila para testes de coronavírus em Paris no domingo. Foto: Francois Mori/Associated Press

Fonte: Marc Santora para o The New York Times em 11/01/2022

Mais da metade das pessoas na Europa pode ser infectada com a variante Ômicron do coronavírus nas próximas seis a oito semanas, alertou a Organização Mundial da Saúde nesta terça-feira, em meio a “uma nova onda de oeste para leste varrendo a região”.

“A região registrou mais de sete milhões de casos de Covid-19 na primeira semana de 2022, mais que dobrando em um período de duas semanas”, disse Hans Kluge, diretor regional da agência para a Europa, em entrevista coletiva.

Embora as vacinas contra o coronavírus permaneçam notavelmente eficazes na prevenção de doenças graves e morte, a agência alertou contra o tratamento do vírus como a gripe sazonal, pois muito permanece desconhecido – principalmente em relação à gravidade da doença em áreas com taxas de vacinação mais baixas, como a Europa Oriental.

A OMS alertou por meses que as doses de reforço podiam piorar a equidade das vacinas em todo o mundo, mas o Dr. Kluge disse que elas desempenhariam um papel essencial na proteção das pessoas mais vulneráveis de doenças graves e também deveriam ser usadas para proteger os profissionais de saúde e outros  funcionários, inclusive professores.

Desde que o Ômicron foi detectado pela primeira vez no final de novembro, ele percorreu o planeta em um ritmo nunca visto durante dois anos da pandemia.

Mas o aumento acentuado citado por Kluge, com base nas previsões do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde, é uma mudança radical de paradigma.  Mesmo que muitas pessoas evitem doenças graves, o vírus promete causar perturbações sociais em todo o continente.

Embora grande parte da discussão pública tenha girado em torno de se este era o momento em que os governos deveriam mudar as políticas e restrições para tratar o coronavírus como uma doença endêmica – removendo a maioria das restrições e permitindo que as pessoas gerenciem os riscos de maneira semelhante à gripe  – a OMS  disse que era muito cedo para chamar esse vírus de endêmico.

Catherine Smallwood, uma oficial sênior de emergências, disse que um dos principais fatores para declarar o vírus endêmico foi algum senso de previsibilidade.

“Ainda estamos longe”, disse ela.  “Ainda temos uma grande incerteza.”

Dr. Kluge acrescentou que havia simplesmente muitos fatores desconhecidos, incluindo exatamente quão grave é o Ômicron para pessoas não vacinadas e quão alto é o risco de infecção levando a sintomas de “longo Covid”.

“Também estou profundamente preocupado que, à medida que a variante se mova para o leste, ainda tenhamos que ver seu impacto total em países onde os níveis de vacinação são mais baixos e onde veremos doenças mais graves nos não vacinados”, disse ele.

As nações dos Bálcãs e da Europa Oriental, onde a Ômicron está apenas começando a se espalhar amplamente, têm taxas de vacinação muito mais baixas do que as nações da Europa Ocidental.

Uma das lutas centrais dos governos em toda a Europa tem sido tentar manter as escolas abertas, e o Dr. Kluge descreveu esses esforços como essenciais.

“As escolas devem ser os últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrir”, disse ele, embora tenha acrescentado que “o número de pessoas infectadas será tão alto em muitos lugares que as escolas de muitos países não poderão manter  todas as turmas abertas” por motivo de doença e falta de pessoal.

TL Comenta:

Ainda sem aumento da pressão sobre as internações e leitos críticos na maior parte do Brasil, a preocupação maior tem sido demonstrada com os  sintomas da Influenza H3N2.

Pela descontração no veraneio, de novo normal, a impressão  é que a variante Ômicron vem sendo encarada como mais uma “gripezinha”.

One thought on “Mais da metade da Europa pode ser infectada nos próximos 2 meses

  • Ary Maia

    E ainda tem prefeitos que querem autorizar Carnaval! Bando de inconsequentes, irresponsáveis e até mesmo criminosos, na medida que essas atitudes servirão para disseminação do vírus!
    E que tinha o dever de dar o maior exemplo, foi omisso desde o início dessa pandemia, quem? O Governo Federal e até alguns médicos (as) lunáticos que insistem em desobedecer cientistas e os números tristes de mortes!
    Ainda esperando apuração e condenação dos investigados pela CPI, ou essa será mais uma daquelas inócuas? Embora obtiveram bons resultados impedindo corrupção, propina e etc. Mas falta o principal: A condenação dos responsáveis pela matança ocorrida no Brasil!
    Vacina sim! Proteção sim!
    Só são contras àqueles que não viram um caixão sendo enterrado com um familiar, um amigo ou pessoa do seu convívio!

    Resposta

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